ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:17-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">17-1</td><td><b>Caminhos éticos e estéticos do cinema felliniano</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Julia Scamparini </u> (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>As discussões sobre o estético e o ético encontram solo na cinematografia italiana do pós-guerra, quando filmes engajados eram orientados por um olhar que unia arte e política, e novas poéticas autorais se estabeleciam como arte e se integravam à indústria cinematográfica. Federico Fellini, desenhista, caricaturista e humorista em sua juventude, em início de carreira rejeitou a estética do neorrealismo, bem como sua temática abertamente crítica e, ao tratar dos assuntos que lhe interessavam, não datados ou localizados como os do grupo neorrealista, inventou, com o passar dos anos, sua linguagem, chegando a motivar um novo adjetivo: ainda hoje fala-se de imagens, referências, inspirações <i>fellinianas</i>. Procuraremos demonstrar que, ainda que tenha rompido com os padrões textuais da época e negue uma veia política, Fellini, através de sua forma única de construir textos visuais  descritivos, simbólicos, oníricos  retomou objetos tradicionais da identidade italiana, tema tão caro aos colegas neorrealistas. O que nos fundamenta é a concepção foucaultiana de discurso, a qual, neste trabalho, organiza um campo de dizeres identificados em material escrito que, segundo nossas hipóteses, é retomado em material fílmico felliniano. O cineasta elabora novos enunciados, torna-se universal, cria uma poética, encaixa-se na estética que aproxima autoria e indústria  à primeira vista uma antítese  mas, ainda assim, dialoga com discursos da tradição quando aborda, ainda que nas entrelinhas, o assunto Itália.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>