ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:29-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">29-1</td><td><b>Cinema, aspirinas e urubus e o difícil equilíbrio entre ética, estética e mercado</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Rita de Cássia Miranda Diogo </u> (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2> Com o presente trabalho, pretendemos analisar o filme Cinema, aspirinas e urubus (2005), de Marcelo Gomes, a fim de verificar como a relação entre ética e estética vem se configurando no cinema brasileiro. Para tanto, dialogaremos com o Cinema Novo, através dos filmes Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha e Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos. O filme em estudo coloca em questão não só temas recorrentes à cinematografia dos anos 60, como também resgata características daquela estética. Entre os primeiros, podemos verificar a referência à paisagem inóspita do sertão, bem como ao cinema enquanto um fenômeno da indústria cultural, estreitamente relacionado com a sociedade de consumo, duramente criticado pelo Cinema Novo; quanto à estética, podemos observar como exemplo a opção pelo uso de uma luz intensa, que cria uma espécie de  ruído na comunicação visual. Por outro lado, estas mesmas referências frente a um contexto histórico e político diferente recebem um outro tipo de tratamento, que por sua vez, denota uma nova relação que se estabelece entre ética e estética a partir da virada do século. Assim, se a cinematografia dos anos 60 insistia em refletir uma  consciência catastrófica do atraso (CÂNDIDO, 1995, p. 368), o cinema atual diante do cenário global, expressa o que poderíamos qualificar de uma  consciência desiludida do atraso . Ou seja, se antes ainda existia a ilusão de que poderíamos vencer as várias etapas que nos levaria ao desenvolvimento, daí o conceito de subdesenvolvido, hoje sabemos que na cartografia que separa o centro da periferia existe um abismo, que dificilmente conseguiremos superar. Segundo nossa hipótese, entre a celebrada esperança do Cinema Novo e a desilusão da modernidade tardia, o diretor Marcelo Gomes, sem subestimar a sensibilidade do espectador, conquista em Cinema, aspirinas e urubus o difícil equilíbrio entre ética e estética.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>