ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:66-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">66-1</td><td><b>FICÇÃO HISTÓRICA EM TRAMAS E TRAÇOS</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Eunice de Morais </u> (UNIANDRADE - Campus Universitário Uniandrade) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A produção do romance histórico contemporâneo pode ser surpreendente tanto pelos novíssimos modos e estratégias da construção discursiva, quanto pela tentativa de manutenção ou de recuperação de recursos narrativos do romance histórico do século XIX. Neste sentido, a observação sobre romances históricos <i>Boca do inferno<i>, <i>A última quimera</i> e </i>Dias & Dias</i>, de Ana Miranda, surpreende pelo pastiche estilístico de cada época representada e pelo modo de apropriação do discurso da história. Apesar da semelhança aparente entre os romances, uma análise mais aprofundada poderá nos mostrar que as obras se diferenciam enquanto realização literária, no processo de construção dos elementos ficcionais e, ao que nos parece, em cada romance há graus diversos de afastamento do modelo lukácsiano, produzido no século XIX. Estão presentes nos romances recursos narrativos como paratextos, citações e outros tipos de apropriação textual que lembram ideais do romance histórico romântico (identificado aqui com a produção de Walter Scott e definido por George Lukács em <i>La Novela Historica</i>, 1937). Estes recursos, utilizados de modo diverso, revelam-se em estratégias discursivas que têm sido frequentemente encontrados em um tipo de ficção histórica denominada pós-moderna, na qual consideramos que pressupõe um deslocamento crítico do histórico. Assim, entendemos que, pelo caráter histórico, ele aspira à verificação, mas os questionamentos que apresenta através do aspecto ficcional e dos modos de apropriação textual, levam o leitor a desconfiar do discurso da história, quando propõe que toda narrativa é construto e, portanto, organizadora de verdades possíveis. Os romances de Ana Miranda tratam da vida de personagens da história da literatura brasileira, mas focalizam, em cada período, a condição política, social e cultural do país, refletida na cidade em que se encontram os poetas biografados. Com o propósito de desvendar elementos diferenciais entre estes romances e a relação dos mesmos com o modelo do século XIX, focalizamos nossas análises na relação entre os recursos narrativos utilizados, o modo de construção enunciativa e a percepção histórica demonstrada pela voz autoral, observando a eficiência e o significado da utilização destes recursos.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>