ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:70-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">70-1</td><td><b>Tensões ético-estéticas no  Jornalismo Literário : entre a objetividade do fato e o trabalho artístico com a linguagem</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Lilian Reichert Coelho </u> (UNIR - Universidade Federal de Rondônia) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Este texto orienta-se pela problematização, do ponto de vista epistemológico, dos princípios básicos que regem a atribuição da nomenclatura  Jornalismo Literário a determinadas produções jornalísticas. Grosso modo, por tal expressão, entende-se certo esforço estético praticado por alguns jornalistas na tentativa de construção de reportagens aprofundadas, também chamadas interpretativas, sem abandonar os rígidos critérios éticos que devem nortear a atividade jornalística em todas as etapas: concepção, apuração, redação e edição. Devido à tentativa de rigor estético, tornou-se comum associar as  origens do Jornalismo Informativo e do Jornalismo Literário ao Realismo na Literatura, o que parece se perpetuar no campo jornalístico, cuja base ainda está profundamente arraigada em valores e fundamentos típicos da Modernidade fin-de-siècle e, por que não dizer, até positivistas. Tal tendência é revelada pelo apego ao fato, centro do trabalho jornalístico informativo, apreensível se considerado pelo profissional o rigor ético prescrito pelo campo e entendido como referente cuja verificabilidade deve ser passível de comprovação na realidade objetiva. Isso conflitua, inevitavelmente, com o apelo estético pretendido pelas produções que se enquadram no chamado  Jornalismo Literário , pois deve haver, para que se cumpram suas exigências, sofisticação no tratamento da linguagem, o que nem sempre se afina com os critérios basilares do campo. E também, do ponto de vista literário, tais produções são comumente vistas como literatura de má qualidade, até kitsch em alguns casos. Disso se depreende a marginalidade do  Jornalismo Literário  não entendido como pejorativo, pois é, em geral, alçado à categoria de um jornalismo melhor, pois supostamente portador de artisticidade  , no sentido de uma ambiguidade constitutiva que não deve pender, ao menos teoricamente, para nenhum dos termos. No entanto, na prática, ao se observar as produções concretas, o que se percebe é que, em alguns casos, pendem para a manutenção das concepções tradicionais, sendo consideradas mais jornalísticas, enquanto em outros, pendem para a transgressão, sobretudo pelo labor com a linguagem e, com isso, angariam desconfianças nos dois campos onde tenta se alojar. Tomando-se tal horizonte, intenta-se questionar, pelo viés problematizador da fortuna crítica, os critérios definidores e diferenciadores do  Jornalismo Literário e a própria validade da expressão, sobretudo neste início de século, tempo marcado por hibridismos, incertezas e ambiguidades de toda ordem. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>