ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:76-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">76-1</td><td><b>Cecília Meireles e Lévi-Strauss: dois caminhos para a Índia</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Raquel Illescas Bueno </u> (UFPR - Universidade Federal do Paraná) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>As primeiras décadas do século 20 assistiram ao avanço dos estudos de antropologia, campo do conhecimento que buscava se tornar autônomo. A produção artística ocidental daquele período incorporou de forma bastante produtiva elementos decorrentes da divulgação de pesquisas de campo. É exemplo paradigmático dessa aproximação o primitivismo, tal qual foi entendido e praticado pelas vanguardas européias. Considere-se, noutro sentido, que todo relato de viagem, seja ele mais ou menos estético, mais ou menos científico, é sempre permeado por reflexões de fundo antropológico. Num movimento que é extensão natural dessas reflexões, a literatura de viagens trata de semelhanças e diferenças e pensa as relações e hierarquias estabelecidas entre povos e nações. Como é sabido, a derrocada do colonialismo tornou-se tema central tanto para a literatura como para as ciências sociais ao longo do século passado. Este trabalho propõe uma comparação entre relatos de viagem em princípio muito diferentes entre si, porém com um mesmo ponto de chegada: o estabelecimento, em texto literário, de alguma visão da Índia tal como se encontrava no início da década de 1950, poucos anos após sua independência. Muito diferentes foram os pontos de partida das duas viagens a serem consideradas: no primeiro caso, o Brasil, país de origem de Cecília Meireles(1901-1964); no segundo, a França de Claude Lévi-Strauss (1908-2009), antropólogo que conheceu o Oriente depois de ter permanecido longos períodos na América (Brasil e Estados Unidos). Os textos de Cecília Meireles resultaram de viagem feita a convite do governo indiano para participar de um evento realizado em Nova Delhi em 1953, quando se completavam cinco anos da morte de Gandhi. A autora publicou mais de cinqüenta crônicas sobre esse tema, além do livro <i>Poemas escritos na Índia</i>. Claude Lévi-Strauss esteve naquele país pouco antes, em 1950, e divulgou suas impressões da viagem em <i>Tristes trópicos</i> (1955), livro de difícil classificação do ponto de vista dos gêneros literários. A leitura tentará colocar em evidência as razões pelas quais uma e outra Índia são tão diferentes: trata-se de questão de fundo ideológico, político? Ou bastaria considerar as formas de expressão empregadas em cada texto para interpretar as diferenças? </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>