ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:90-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">90-1</td><td><b>Intermidialidade e Mito: Representações de Venus, da antiguidade à pós-modernidade</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Solange Ribeiro de Oliveira </u> (UFMG E UFOP - Universidades Federais de Minas Gerais e Ouro PretoUFMG E UFOP - Universidades Federais de Minas Gerais e Ouro Preto) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O trabalho visa analisar as relações intermidiáticas entre a escultura de Praxiteles, a Aphrodite de Cnidos ( c. 400 A.C), sua recriação na pintura O Nascimento de Venus, de Sandro Boticelli (1458) e, na arte contemporânea, o vídeo Barbed Ulla, releitura feita pela artista Sigalid Laudau das imagens da deusa, enquanto encarnação idealizada da mulher. Nessa análise, serão contemplados dois pontos de vista: 1)Aspectos formais resultantes da transposição intermidiática da estátua para a pintura. Aí se inserem, entre outras, considerações sobre a perda da tridimensionalidade e da dimensão temporal nela implícita. A passagem para o vídeo tem implicações comparáveis, sobretudo no que diz respeito à presença do movimento e da dimensão narrativa aí inserida. 2) A identificação, na escultura clássica e na pintura renascentista, de traços iconográficos referentes ao mito de Venus/Aphrodite e a suas ambiguidades: a relação com o amor carnal (até com a prostituição), mas também com a fertilidade, a união conjugal e, na filosofia (neo) platônica, a contemplação da beleza espiritual. Esses traços antagônicos serão analisados como manifestações dos seculares estereótipos ( Eva sedutora X madona redentora) aos quais as sociedades falocêntricas tradicionalmente associaram a representação da mulher. Aqui se incluem as obras de arte, que, no passado, eram quase sempre criações masculinas. A análise do vídeo Barbed Ulla permite a identificação de traços que, por um lado, remetem ao mito de Venus/Aphrodite, mas, por outro, sendo criação de uma mulher artista, permitem a inserção de aspectos ausentes das representações masculinas. Esse contraste assinala uma função crucial das transposições intermidiáticas: revelar as diferenças resultantes de mudanças no imaginário coletivo, especialmente, no caso de Barbed Ulla, as ocorridas após as grandes revoluções culturais dos anos 1960. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>