ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:91-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">91-1</td><td><b>Uma trajetória ficcional exemplar: a obra de Vasco Pratolini</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Giselle Larizzatti Agazzi </u> (USP - USPUNIBR - União Brasileira Educacional) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Vasco Pratolini (1913-1991) é um escritor fiorentino, autodidata e, para muitos críticos, um dos primeiros ficcionistas italianos oriundos das camadas populares. As diversas polêmicas que se deram em torno de sua obra pouco procuraram explorar o valor estético das suas narrativas reconhecidamente desenvolvidas em torno das relações entre literatura e história. Uma das perguntas possíveis para explorar sua obra é a que tantas outras manifestações artísticas ainda formulam dos mais diversos modos: a literatura pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária? Tal questão dialoga abertamente com o que hoje se lê como a tradição gramsciana, mas que em seu tempo ainda se formava em torno dos intensos debates sobre a função do intelectual na organização social e da divulgação dos textos de Gramsci, escritos no cárcere. Começando sua trajetória ficcional pouco antes da segunda guerra mundial, com livros como Il Quartiere, de 1943, Pratolini anuncia uma perspectiva que se dissolve com o desenvolvimento dos fatos na Europa dos anos de 1950 a 1970. Essa perda se revela tanto no conteúdo das narrativas quanto na elaboração estética, acompanhando a crise do intelectual diante das barbáries históricas, amplamente discutidas e difundidas pela Escola de Frankfurt. O resultado dessa crescente melancolia  em lugar do  impulso utópico , para usar um importante conceito de Ernest Bloch - pode-se ler em Allegoria e derisione, de 1966, obra que se concretiza em múltiplos registros e discursos variados. A comunicação deve explorar a trajetória ficcional de Vasco Pratolini a partir do diálogo estabelecido entre as duas narrativas citadas, que se firmam no conjunto da obra do escritor em uma relação especular. Essa sua trajetória é lida como exemplar, porque expressa um movimento realizado por muitos intelectuais do período, que, como Pratolini, engendraram na sua obra a derrocada de uma perspectiva histórica e estética.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>