ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:98-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">98-1</td><td><b> Joyce e Beckett: uma mesma bota para diferentes pés</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Dirce Waltrick do Amarante </u> (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Sabe-se que Samuel Beckett foi por algum tempo o braço direito de James Joyce. Richard Ellmann lembra que  uma ou duas vezes ele [Joyce] ditou fragmentos de Finnegans Wake a Beckett, embora não gostasse de ditados; no meio de uma dessas sessões bateram à porta e Beckett não ouviu. Joyce disse,  entre e Beckett escreveu isso. Quando Joyce depois leu o que Beckett havia escrito, disse:  O que é esse  entre ?  Sim, você disse isso , afirmou Beckett. Joyce refletiu um momento e disse:  Deixe ficar . Tinha muita disposição de aceitar o acaso como seu colaborador. Beckett estava fascinado e frustrado com o método singular de Joyce . Esse método, no entanto, aos poucos foi se incorporando à escritura de Beckett. Segundo o filósofo francês Alain Badiou:  pouco a pouco, não sem hesitações nem arrependimentos, a obra de Beckett se abre para o acaso, para os incidentes e, portanto, para a idéia de sorte. A última palavra de Mal vu mal dit é justamente:  Conhecer a sorte  . Em O Inominável (1949), lemos:  ninguém me obriga, não há ninguém, é um acidente, é um fato . Entre o último Joyce, o de Finnegans Wake (1939), e Beckett, podemos perceber, no entanto, outros aspectos comuns e que vão de encontro à opinião de muitos estudiosos que lêem as suas respectivas obras a partir das diferenças, apontadas, aliás, pelo próprio Beckett. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>