ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:105-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">105-1</td><td><b>SOBRE "LUGAR COMUM E OUTROS POEMAS" DE HELENO GODOY</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Solange Fiuza C. Yokozawa </u> (FL/UFG - Faculdade de Letras/Universidade Federal de Goiás) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O poeta e ficcionista Heleno Godoy estreou em livro em 1968 com <i>Os veículos</i>, exercício de poemas-praxis. Nas palavras do autor, a vanguarda de Mário Chamie deu a ele um rumo. Sem desmerecer essa influência primeira, que talvez lhe tenha ficado, como lição consubstanciada, na obsessão matemática pela palavra exata, no corte desestabilizador do verso, no gosto por composições que abordam aspectos diferentes de uma só tópica, o poeta goiano deu à sua obra criativa um caminho bastante particular, pelo qual passam tradições poéticas recentes e remotas. Atualmente com oito livros de poesia publicados e tendo merecido o reconhecimento de um crítico como Luiz Costa Lima, Heleno Godoy situa-se entre as autênticas vozes líricas da poesia brasileira contemporânea. Apesar disso, apresenta ainda uma projeção nacional acanhada e uma recepção crítica restrita. Propõe-se, seguindo os passos mais recentes do poeta, realizar uma leitura de <i>Lugar comum e outros poemas</i> (2005), livro de teor explicitamente autobiográfico. À primeira vista, essa obra parece representar um caso à parte na poesia godoyana, assinalada pela contenção emocional, por um pendor para a objetividade, por uma preferência por falar das coisas em lugar de falar de si. Entretanto, uma mirada mais atenta desse livro de dicção tão pessoal revela como nele o poeta se faz outro permanecendo o mesmo, pois se safa do derramamento emocional ao valer-se de uma ironia de filigranas, leve, paradoxalmente lírica, uma <i>ironia do coração</i>, como queriam os românticos alemães, os quais preferiam antes o termo humor para dizer o riso intelectual que lhes é tão próprio; humor que é, para Heleno Godoy, uma estratégia chave na reinvenção do lugar comum, na <i>mimesis</i> criativa das experiências pessoais.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>