ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:117-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">117-1</td><td><b>LÍRICA E SISMOS SOCIAIS NA POESIA DE AUGUSTO DOS ANJOS</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Derivaldo Santos </u> (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEUFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEUFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEUFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Sob o ponto de vista da tradição poética, a lírica sempre esteve resguardada da vida social e histórica, considerada como expressão absoluta da subjetividade individual do poeta, por isso mesmo oposta à sociedade, como se o teor lírico derivasse tão somente o poético do poético. No entanto, sem deixar de ser mediada pela norma estética, a poesia moderna torna-se crítica da sociedade, e sua abertura ao social não reduz a especificidade de sua linguagem, antes a eleva a um esforço de interpretação do mundo (Merquior). Partindo de tais considerações, o trabalho ora proposto toma como orientação de leitura a relação entre literatura e vida social sob a perspectiva de Antonio Candido e do ensaio Palestra sobre lírica e sociedade, de Adorno, a fim de analisar as representações sociais na poesia brasileira de início do século XX, no seu particular a poesia de Augusto dos Anjos. O interesse é concentrar-se nas tensões visíveis na obra do poeta paraibano, examinando como o seu teor lírico, em sua forma singular de estar no mundo, expressa a voz de uma humanidade oprimida, na medida em que o poeta, tomando a sociedade e seu tempo histórico como um todo em si mesmo contraditório, é capaz de revelar o que a ideologia esconde (Adorno). Sob essa perspectiva, a expressão lírica de Augusto dos Anjos, desvencilhada da aspereza científica que percorre a quase totalidade de sua obra poética, evoca a imagem de desvalidos  doentes, negro - a sugerir livres do sistema social opressor. A atitude reflexiva de sua lírica despenha um papel decisivo no contraste com a ordem social, política e cultural de seu tempo, e a ultrapassa. O estudo parte do pressuposto de que todo processo artístico é mediado por uma relação inextrincável entre autor, obra e público, e nessa relação os fatores sociais não podem ser pensados como matéria morta, já que a arte literária, sendo uma comunicação expressiva, conforme pensa Candido, situa-se para além das noções e conceitos, ao expressar uma realidade profundamente radicada no artista. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>