ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:142-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">142-1</td><td><b>Sociedade e forma na crítica literária de Lukács, Candido e Schwarz</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Irenísia Torres de Oliveira </u> (UFC - Universidade Federal do Ceará) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>N'<i>A teoria do romance</i>, de Lukács, o romancista é um criador de formas. Ele deve ser capaz de, pelas virtudes da forma, engendrar a totalidade a partir dos elementos de um mundo fragmentado. A Educação sentimental, de Flaubert, com seus  fragmentos duros, sem atmosfera ou comentário , pode ainda preencher esse requisito. A partir dos ensaios dos anos 30, Lukács muda de visão. As formas aceitas para o romance agora são dadas pelas forças sociais em jogo e por seus conflitos, de cuja riqueza o gênero pouco formalizado havia tirado opções de travejamento e unidade. Balzac, que tinha uma posição secundária n'<i>A Teoria do romance</i>, é agora o grande modelo de realismo, mas isso não trará boas consequências para os estudos do crítico. Quando este faz coincidir diretamente as formas do romance com as da sociedade em Balzac, pouco resta a suas análises além da paráfrase dos conteúdos, do que reclama Theodor Adorno, em ensaio sobre o crítico, e Antonio Candido, mais tarde, em análise sobre estudos de literatura e sociedade. A dimensão da forma literária permanece, nesses ensaios, imóvel e intocada, refletindo, por sua vez, uma visão um tanto esquemática da própria sociedade burguesa na França, convertida também em modelo. O mesmo não acontece, por exemplo, nos ensaios sobre Dostoiévski ou Gottfried Keller, em que a forma se movimenta e aparece. Como, para Lukács, as sociedades representadas nessas obras não são  modelarmente burguesas, ele precisa apostar na objetividade e historicidade da forma e buscá-la fora dos esquemas. A proposta do presente trabalho é discutir essas questões em relação a Lukács e se os desafios de pensar a sociedade brasileira, em sua especificidade, propiciaram a críticos brasileiros como Antonio Candido e Roberto Schwarz uma noção de forma literária, a um só tempo, mais particularmente histórica e mais autônoma. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>