ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:164-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">164-1</td><td><b>O romance contemporâneo e a "vida real" - sobre a narrativa de Luiz Ruffato</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Juliana Santini </u> (UNESP - FCLAR - Universidade Estadual Paulista) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Em reflexão sobre a prosa brasileira contemporânea, Karl Erik Schollhammer afirma que uma das tendências dessa produção configura-se em torno de uma retomada do realismo. Ao expandir essa hipótese, o que se tem é a idéia de que parte das narrativas publicadas nos últimos vinte anos articula-se não ao compromisso de objetividade e descritivismo que definiu o realismo histórico do século XIX, mas as narrativas que unem experiência estética e compromisso em apontar a marginalização em uma dada realidade social. Partindo dessa hipótese, este trabalho propõe uma reflexão em torno dos modos de representação utilizados por Luiz Ruffato na composição de seu projeto literário Inferno provisório, romance de cinco volumes  sendo quatro já publicados  em que o autor declara construir uma poética do proletariado brasileiro. Interessa, nesse sentido, observar de que maneira a proposição de um romance fragmentado  em seu conjunto e na linguagem que o compõe  alia o traço da experimentação, preconizado pela vanguarda, a uma determinação ideológica que difere do engajamento do realismo social da década de 30 ou do realismo verdade no romance brasileiro da década de 70 do século XX. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o autor mineiro afirma que a questão do realismo, no romance em questão, ultrapassa o teor político e se aloja na teoria da literatura, colocando em xeque a estrutura do romance e a linguagem como meio de representação ou construção de uma dada realidade encartada no texto. Coloca-se, aqui, a síntese da proposta deste trabalho: observar o romance Inferno provisório como  linguagem in progress , analisando de que modo esse projeto liga-se às bases de um novo realismo que, ainda segundo Schollhammer, procura menos a representação do real do que o efeito de realidade.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>