ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:169-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">169-1</td><td><b>O intérprete como testemunha do que (h)ouve entre línguas</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Maria Viviane do Amaral Veras </u> (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2><i>Você não deve se envolver</i>. Esse mandamento foi invocado para todos os intérpretes que traduziram os relatos das vítimas e os depoimentos dos torturadores durante os trabalhos (de julho de 1995 a agosto de 1997) da Comissão Verdade e Reconciliação (CVR) na África do Sul. O intérprete é uma figura em geral apagada nas teorias do testemunho, há poucos estudos sobre seu trabalho e, menos ainda, estudos que discutam a diferença de estar ali, de corpo presente, mas discreto, separado, apartado da cena de que, no entanto, participa. No contexto da CVR, proponho duas questões: é possível pensar o intérprete tradutor como parte, como testemunha, sublinhando o fato de que a língua da Comissão, o inglês, é uma língua de tradução, e essa não é a língua das vítimas nem de boa parte dos torturadores? Como <i>não se envolver</i> se o intérprete não escapa à contingência do que é ouvido, disso que, estando além da neutralidade ideal, joga com sua impotência e vai além do domínio perfeito das línguas que traduz? </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>