ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:175-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">175-1</td><td><b>1967: arte e política em Antonio Callado, Carlos Heitor Cony e Glauber Rocha</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Luis Alberto Nogueira Alves </u> (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O ano de 1967 ficou marcado pela retomada das grandes manifestações contra a ditadura instalada em 1º de abril de 1964. Nesse mesmo ano de 1967 vieram a lume os primeiros balanços da grande derrota da esquerda no campo artístico. Quarup de Antonio Callado, Pessach: a travessia de Carlos Heitor Cony, e Terra em Transe de Glauber Rocha tomaram a peito a difícil tarefa de criticar os desacertos que levaram ao poder uma poderosa aliança conservadora civil-militar. Nos três casos, o golpe está no centro das narrativas. A coincidência não passou despercebida do público de então, que notou de imediato que as três realizações formavam uma constelação de assuntos e problemas à espera de interpretação. Era uma prova de que a inteligência brasileira estava viva e não parava de produzir e pensar, apesar da repressão e da perplexidade. Cada obra encerrava um projeto concebido em escala considerável de ambição artística, a despeito das diferenças de composição e de perspectiva de narração. A promulgação do AI-5, em 13 de dezembro de 1968 (uma sexta-feira 13), impediu, entretanto, que o debate em torno dessas produções prosseguisse. A partir dessa data, o regime não toleraria mais a presença dos opositores na vida pública. O toque de recolher criou um vazio político e criativo de enormes proporções e consequências. O presente trabalho pretende reconstituir o impacto que aquelas obras tiveram sobre a consciência coletiva e também sobre as lutas sociais, arriscando hipóteses sobre as dificuldades impostas pela ditadura para que o campo oposicionista pudesse propor publicamente projetos em arte e em política. Nesse sentido, pode-se argumentar que o autoritarismo favoreceu, de um lado, a imposição da lógica mercantil que se estendeu, sem resistência, a todos os setores da sociedade e, de outro lado, gerou um vácuo de criatividade que foi preenchido pela enxurrada de produtos da cultura de massas, bem como por novas formas de arte desvinculadas da experiência anterior e ao mesmo tempo simpáticas aos  métodos da indústria de entretenimento e de idiotização. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>