ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:195-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">195-1</td><td><b>Da França ao Marrocos, da Irlanda à Itália, Barthes e Joyce em deslocamento</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Mauro Marcelo Berté </u> (UFPR - Universidade Federal do Paraná) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Pretende-se apontar o em comum e o incomum de  Incidentes , de Roland Barthes, e <i>Giacomo Joyce</i>, de James Joyce, enquanto expressões de literatura em trânsito. Inicialmente, as obras se assemelham em quatro aspectos: são publicações póstumas, de características reconhecidamente autobiográficas, realizadas na situação de deslocamento e que promovem a escrita fragmentária e descontínua. Barthes registrou sua passagem pelo Marrocos no final da década de 1960 em uma espécie de caderno de viagem, que resultou em uma coleção de pequenas aventuras amorosas em meio a impressões e críticas do cotidiano marroquino. Joyce, na situação de professor de inglês em Trieste, na Itália de 1912-1915, descreveu paisagens italianas e retratou de modo particular sua jovem aluna triestina, em meio a sentimentos de desejo contido. No campo da experimentação é aproximada a idéia barthesiana de incidente do conceito joyceano de epifania. A primeira entendida como a tentativa da escrita para se apossar do imediato, ou ainda um instante de interpretação das instantaneidades, muito semelhante à definição joyceana de momentos evanescentes e banais a serem registrados como súbita manifestação espiritual. Por fim, alteridades melancólicas, manifestadas em anseios amorosas não realizáveis, despontam como mais um elo, ainda que incomum, entre Barthes e Joyce: o primeiro, na solidão amorosa imposta pela construção do casal impossível, na não concretização da relação homossexual; e Joyce, no misto de acanhamento e ironia no aparente impedimento da união entre aluna e mestre.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>