ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:208-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">208-1</td><td><b>A CONTROVERSA QUESTÃO DO DISTANCIAMENTO TEMPORAL NA CONCEITUAÇÃO DO ROMANCE HISTÓRICO E EM SUAS VERSÕES CONTEMPORÂNEAS</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td>Donizeth Santos (USP - Universidade de São Paulo) ; <u>Donizeth Santos </u> (USP - Universidade de São Paulo) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Uma das grandes controvérsias que há na conceituação do romance histórico e em suas versões contemporâneas (novo romance histórico, no entender de Fernando Ainsa e Seymour Menton, e metaficção historiográfica para Linda Hutcheon) é o distanciamento temporal entre o tempo de vida do autor e a ação narrada. Para a maioria dos críticos literários é necessário que a ação do romance, ou pelo menos a maior parte dela, seja centrada num tempo anterior ao período de vida do romancista. Seymour Menton, por exemplo (1993, p. 33), acredita que a distância mais apropriada é a definida por Anderson Imbert de que a história narrada deve estar situada em  uma época anterior a do romancista , sem, no entanto, delimitar quantos anos seriam necessários antes do nascimento do escritor. Já Avrom Fleishman exclui do rol dos romances históricos todos aqueles que não estão separados do autor em, pelo menos, duas gerações, enquanto que Leslie Stephen sugere a distância de 60 anos entre o fato histórico e a publicação do livro e Alfred Tresidder Sheppard acredita que 50 anos seja um tempo conveniente. Na contramão deles estão Davi Cowart, que propõe uma definição mais flexível e ampla, não impondo regras temporais e aceitando como romance histórico toda  ficção em que o passado figura com certa importância (apud. MENTON, ibid., p. 33); Linda Hutcheon (1991), para quem não há delimitação de tempo no romance histórico pós-moderno e tanto a ação narrada pode acontecer num passado distante quanto num passado recente; e Magdalena Perkowska (2008, p. 43) que considera o critério utilizado por Seymour Menton e Anderson Imbert, um  requisito obsoleto diante da vivência contemporânea (e pós-moderna) da história. Isso posto, e levando-se em consideração que Georg Lukács, o primeiro teórico do romance histórico, colocou Balzac no grupo dos romancistas históricos, como um dos seguidores da técnica de Walter Scott, afirmando que o romancista francês  criou um tipo superior e até então desconhecido de romance histórico (LUKACS, op. cit., p.94) que é a representação do presente como história, esta comunicação pretende refletir sobre essa controvérsia, verificando se realmente há a necessidade de que o distanciamento temporal tenha um peso maior que o diálogo com a história e sua representação na caracterização de um romance histórico ( e também no novo romance histórico e na metaficção historiográfica).</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>