ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:213-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">213-1</td><td><b>No limiar da existência: rosas e angústia na poética de Clarice Lispector</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Mariangela Alonso </u> (UNESP - Universidade Estadual Paulista) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A Literatura, como arte da palavra, pode ser entendida como um acontecimento da linguagem, do mesmo modo que a Filosofia reflete um acontecimento do pensar. Ambas, ao buscar formas que propiciam a indagação do homem frente ao mundo, mostram que é possível o caminho do saber e assim revelam-se como duas perspectivas que podem ser cogitadas, sustentando-se no próprio homem. De acordo com o crítico Benedito Nunes,  [...] a dialogação da filosofia com a poesia, ou do pensamento com a poesia, é uma confrontação, mas com a extensão que a poesia toma como poíesis, como habitar poético (NUNES, 1999, p. 160). Neste sentido, a presente comunicação propõe a discussão de um diálogo possível entre Literatura e Filosofia, tomando como ponto de partida o conto A imitação da rosa, pertencente à coletânea Laços de Família, da escritora Clarice Lispector. Espécie de escrita do intervalo, as narrativas clariceanas tocam no silêncio ao auscultar o mistério do ser. Trata-se de uma escrita que empreende uma reflexão sobre o estar no mundo, a finitude, a morte, entre outros valores, fazendo com que seja viável um caminho de análise trilhado ao lado de reflexões filosóficas. Neste sentido é que encontramos amparo no pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) e suas reflexões sobre o ser. Para tanto, a pesquisa consiste na exposição da trajetória existencial da personagem Laura em A imitação da rosa. As vicissitudes expostas por esta personagem permitem que ao lado da abordagem literária seja realizada uma análise de caráter mais ontológico, uma vez que dessas instabilidades surgem questionamentos conjugados com muitas das reflexões filosóficas. O sentimento de estranheza que perpassa o ser de Laura encontra ressonâncias com o que Heidegger concebeu como angústia. Ao transitar pela confluência de tais leituras, pretendemos, assim, trazer à luz um caminho interdisciplinar de análise para o conto de Clarice Lispector e suas possíveis aproximações com o pensamento de Martin Heidegger.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>