ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:226-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">226-1</td><td><b>DO CORAÇÃO AO ESTÔMAGO: CAMILO CASTELO BRANCO E A IRONIA ROMÂNTICA E (OU) PÓS-MODERNA NA LITERATURA PORTUGUESA DO SÉCULO XIX</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Camila da Silva Alavarce Campos </u> (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A presente proposta de estudos se insere em um projeto de pesquisas maior intitulado  Nas veredas da ironia: românticos e pós-modernos sob o olhar oblíquo da ambiguidade . A ideia central desse projeto é a análise da natureza da ambiguidade que caracteriza a ironia no âmbito do discurso. O fato de sinalizar um dizer sub-reptício velado por outro, explícito e fornecido  tranquilamente ao leitor  dizeres estes que, muitas vezes, se opõem  colabora com a ascensão da ironia ao lugar dos discursos desmistificadores ou questionadores de modelos maniqueístas? Nem sempre, ao que parece. Essas modalidades mantêm a ambiguidade e a abertura do sentido após a sua irrupção ou, em contrapartida, se constituem como discursos autoritários, a serviço, por exemplo, de uma ideologia dominante? Se são factíveis esses dois efeitos de sentido, como se constituem, então, esses diferentes tipos de ironia? O que caracteriza a ironia na modernidade, em especial no Romantismo? Quais são os traços da ironia pós-moderna? São eventos singulares, marcados, pois, por especificidades? De que forma a ironia é mediadora (ou não) entre o que chamamos de  modernidade e as definições ou sentidos que são atribuídos a esse conceito? Em outras palavras: a ironia, no período designado como modernidade  sobretudo a romântica  também é mediadora ou reveladora de ideias relacionadas ao  progresso e à crença no poder da razão ou, ao contrário,  revela um sentido aberto, não definitivo, como a ironia que parece caracterizar o pós-modernismo, de acordo com Hutcheon, em sua <i>Poética do pós-modernismo</i>? Como se caracteriza a ironia e que efeitos de sentido ela cria durante o século XIX  que  sofreu de História demais ? (SELIGMANN-SILVA, <i>História, memória e literatura: o testemunho na era das catástrofes</i> 2003, p. 63) E, hoje, na pós-modernidade, quando, para Márcio Seligmann-Silva (2003, p. 63), sofremos de  fim da história , configura-se a ironia, invariavelmente, como um artifício de expressão do não-sentido? Terá a ironia, de fato, colaborado com a expressão desses sentidos associados aos  espíritos da modernidade e da pós-modernidade?  A que se prestou a ironia na modernidade  especialmente no Romantismo? A presente proposta de estudos pretende justamente o estudo dessas questões na obra <i>Coração, Cabeça e Estômago</i>, do escritor português Camilo Castelo Branco, pois esse romance apresenta traços significativos para a análise proposta; entre eles, o desdobramento discursivo e a presença marcante da ironia romântica  artifício que, ao interromper o enunciado, possibilita a representação do processo de enunciação e fundamenta, portanto, uma reflexão importante sobre os aspectos estéticos do texto literário.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>