ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:231-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">231-1</td><td><b>Transgressão e ritualização - a sexualidade e o Divino na poesia de Araripe Coutinho</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Thiago Martins Prado </u> (FTC-SSA / GPL-BA - Faculdade de Tecnologia e Ciências / Gabinete Português de L) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Uma das principais motivações para a produção poética de Araripe Coutinho reside num conflito central: a manifestação de uma sexualidade sendo constantemente vigiada pela conservação de uma imagem do Sagrado. Seus livros mais recentes não apenas prolongam esse conflito como também tentam resolvê-lo de diferentes maneiras. A primeira delas consiste na absorção do conceito de transgressão foucaultiano. Tal como afirma Foucault, a transgressão não representaria uma oposição nem seria uma violência ao mundo ético ou um triunfo sobre o próprio; ela seria resultado de uma profanação que constrói a ausência de Deus, deixando-O esquecido. Desse modo, para essa poética de Coutinho, sem Deus, os valores morais tombariam, pois a transgressão retiraria a censura e a culpa por não haver maldade e, portanto, controle ou juízo sobre tal. A partir disso, a transgressão, esvaziada de positividade ou negatividade, potencializaria os desejos do corpo. Embora a transgressão seja pensada como uma das estratégias para eliminar o limite (Deus), os livros de Araripe Coutinho não consolidam o caminho que almejam. A investigação desse estudo concentra-se exatamente nas razões da impossibilidade de a poética de Coutinho dissociar-se da imagem do Divino como principal censor da sua arquitetura simbólico-homoerótica. Para isso, remontam-se as leituras indicadas pelo poeta e alguns de seus traços biográficos no sentido de compreender a formação do seu projeto estético e de como a tensão sexualidade versus sagrado tornou-se central para ele. A hipótese testada pelo estudo afirma que, da ineficiência da estratégia que sustenta a transgressão na poética de Coutinho, fortalece-se, como desvio necessário, um outro recurso. Nesse tempo, a diferente estratégia realizada será a apropriação dos artifícios do sacrário para ritualizar o homoerotismo.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>