ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:235-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">235-1</td><td><b>A constituição da cultura pela fala como projeto de expressão coletiva no romance: achados e entraves da teoria e um breve passeio pelos narradores de Patrick Chamoiseau e Luiz Ruffato</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Geraldo Ramos Pontes Junior </u> (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A questão do  dizer o outro na estética literária poderia não ser um problema conceitual se partíssemos ainda do pressuposto pós-estruturalista, herdado da psicanálise freudiana-lacaniana, segundo o qual, o sujeito é necessariamente falado pelo outro. Mas essa lógica se investiria de uma anulação das diferenças concebidas pela crítica da cultura hoje. Emanando do inconsciente, a fala diria o inconsciente, antes do sujeito. Apanágio de uma perspectiva que transcende toda cultura, haveria nessa concepção apenas  a cultura, produto do irredutível antropológico preponderante, a proibição do incesto. Não haveria talvez o sujeito muito além de outros irredutíveis de gênero, como o feminino e o masculino, extensivos ao paterno e materno, peças centrais na questão edipiana e da compreensão mais clássica do objeto do desejo. Em outra perspectiva, ao problematizarmos a posição ideológica e/ou política de um autor, convergindo com a proposta deste simpósio, em sua lida com a representação do outro e do coletivo, estamos em um campo de crítica literária que retorna aos interesses sociológicos mais aptos a fustigar a existência do texto literário no apogeu da cultura e tecnologia comunicativa de massa em que vivemos, além de suas distintas formas de representação. Mas também não deixamos de apagar a questão do sujeito desejante, que retornaria à pauta sociológica pelo viés das discussões de gênero e representações de identidades, ou do autor como intérprete de coletivos em suas relações com o  transnacional , ainda mais se pensarmos em novas subjetividades que começaram a por em questão a psicanálise baseada na família freudiana, por um lado da questão, ou na autoria de escritores centrados em uma identidade linguística e nacional. E em países de culturas exclousivamente atávicas, consequentemente. As novas facetas do desejo não se limitam a questões de gênero, pois também se reinventam novas legitimações culturais como um todo, e que se impõem no diálogo do autor com a sociedade, ampliando o horizonte do coletivo e do(s) outro(s), diante da força do discurso midiático que mais sirva, talvez, para limitar esse horizonte. Se essa é uma discussão que preocupa Stuart Hall (2003) e, em outros aspectos, Edouard Glissant (1991), ou ainda Patrick Chamoiseau et alii (1989), ela perpassa projetos editoriais de Luiz Ruffato, quando o autor mineiro organiza antologias que se legitimam ao se originarem de autores que representam genuinamente a fala ficcionalizada, ou quando usa um artifício de  anulação da identidade do narrador para atribuir autenticidade ao relato de um que supostamente viveu o fato narrado, entre outros aspectos. Já no martiniquense Patrick Chamoiseau, trata-se de pensar a condição desconfortável da autoria literária e a estratégia da oralidade, no relato do outro e na aproximação com a cultura popular, como formas de mediar a autenticidade da produção da literatura, mantida no campo erudito francês metropolitano, com a crioulidade antilhana, fenômeno cultural ainda restrito ao  cidadão antilhano, no âmbito nacional, como cultura francófona (ultramarina). Discutiremos em síntese várias dessas questões para contribuir ao debate aqui proposto.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>