ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:241-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">241-1</td><td><b>Marta e Macabéa: marginalidade e colonialismo. </b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Fani Miranda Tabak </u> (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A análise de duas personagens separadas temporalmente em mais de um século, uma protagonista do romance Memórias de Marta, de Júlia Lopes de Almeida, e a outra de A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, permite pensar nos meios que a autoria feminina utiliza para ficcionalizar, ao longo da história, a imagem da mulher marginalizada em uma sociedade com fortes resquícios coloniais. O distanciamento das obras intensifica a permanência do discurso patriarcal e as relações de poder de dominação em torno da visível fragilidade econômica à qual as personagens se vêem submetidas. A proposta transgressora de Júlia Lopes, educando a sua personagem para dar-lhe alguma chance de escolha e sobrevivência, vê-se logo  retocada com a necessidade do casamento como instituição única para a mulher oitocentista. Cem anos depois, Macabéa, ser humano inútil e bestializado pelo meio, encontra como redenção da sua precária existência a própria morte, única hora de glória. Ambas traduzem, em variados aspectos, uma triste constatação: a imagem edênica da América, construída em nossa cultura desde o século XIX, colaborou intensamente para que os problemas relativos à colonização fossem apaziguados pelo ideal de desenvolvimento do capitalismo nos grandes centros de cultura. Essa suposta  emancipação liberal, no entanto, não adentrou os meios econômicos mais frágeis e muito menos a condição da mulher pobre e iletrada. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>