ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:259-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">259-1</td><td><b>PECULIARIDADES NARRATIVAS NA POETICA DE LYGIA FAGUNDES TELLES E LÍDIA JORGE</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira </u> (UERN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEUFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>As discussões mais recentes em torno da pós-modernidade revelam que o homem de nossos dias vive numa época de quebra de valores, situada no debate atual como  crise da modernidade . Nesse contexto se insere um novo conceito de sujeito e de herói além de um saber narrativo que redesenha os contornos da chamada identidade cultural. No campo sem fronteiras que é a literatura, observam-se mudança de foco e de tom na representação de temas clássicos, como o amor, por exemplo, privilegiado no mito e na literatura, e debatido entre nós desde a Antiguidade clássica. Desse modo, a comunicação propõe a discussão do amor em dois romances: <i>Ciranda de pedra</i>, (1954) de Lygia Fagundes Telles, e <i>A manta do soldado</i>, (1998) da escritora portuguesa Lídia Jorge. O propósito é apresentar resultados de um estudo da obra dessas duas escritoras que fazem uma incursão ao terreno minado das relações amorosas. Através da análise comparada dos romances, pretende-se discutir as tensões em torno das estéticas brasileira e portuguesa na medida em que configuram traços do amor problemático, suas vicissitudes e similaridades e, assim, um impacto ideológico na configuração do tema. Em outras palavras, objetiva-se cotejar a obra de Lygia Fagundes Telles e Lidia Jorge observando articulações histórico-culturais que aproximam e separam a interlocução Brasil e Portugal, pois, conforme afirma Bhabha (2001, p. 33)  o estudo da literatura mundial poderia ser o estudo do modo pelo qual as culturas se reconhecem através de suas projeções de  alteridade . Nesse sentido, defende-se a hipótese de que observar a expressão do amor em narrativas contemporâneas possibilita trazer a tona um tema debatido em um momento de transitoriedade constante. Embora as obras em análise tenham um distanciamento cultural e temporal, percebemos que ambas as escritoras mostram em suas narrativas desilusões humanas e frustrações amorosas, pondo em cena aquilo que na Teoria da Literatura é entendido como herói problemático. Nas obras em questão, o ponto de vista da narrativa é feito a partir do olhar de duas garotas, ambas frutos das relações amorosas frustradas das mães. Em Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles vemos um círculo amoroso observado por Virgínia, resultado do adultério da mãe, que posteriormente enlouquece e morre. Entende-se, pois, que Virgínia se sente responsável pela punição patológica imposta à sua mãe. Este mesmo esquema narrativo também é observado no romance A manta do soldado da escritora portuguesa Lídia Jorge. Narrativa apresentada do ponto de vista de uma garota, sem nome, que, ao perceber que é fruto de uma relação amorosa abortada, vai entendendo e construindo de forma muito fragmentada sua história de vida e a complexa história do sofrimento amoroso de sua mãe. Observamos, portanto, que nas duas narrativas o amor não se realiza como um sentimento desejado, pelo menos para quem observa de fora, mas como desvarios de pessoas psicologicamente desajustadas, como se fosse um sentimento impossível na realidade contemporânea, anseio não comportado pela modernidade. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>