ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:282-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">282-1</td><td><b>Balada da infância perdida E Um táxi para Viena d Áustria: IDENTIDADES ITINERANTES NA NARRATIVA DE ANTÔNIO TORRES</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Rogério Gustavo Gonçalves </u> (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULHO DE MESQUITA FILHO) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Os romances <i>Balada da infância perdida</i> (1986) e <i>Um táxi para Viena d Áustria</i> (1991), de Antônio Torres, permitem perceber uma cosmovisão marcada pelo choque com o cotidiano urbano, revelada pela ânsia de evasão de seus personagens-narradores  retirantes nordestinos  , ao recorrerem constantemente à memória e à imaginação como meio de refúgio, instaurando uma antinomia entre a cidade e o sertão. Optando pela narrativa psicossociológica, o escritor faz dos aspectos físicos, sociais, econômicos, políticos e culturais da cidade, em contraste com os do sertão nordestino, matéria essencial de suas tramas, estabelecendo uma interdependência profunda entre homem e espaço. Com base, principalmente, nos estudos de Rosenfeld (1985) e Eco (1971) sobre os aspectos formais do romance contemporâneo, pretendemos focalizar as particularidades da (des)organização do tempo e do espaço  categorias que se apresentam fragmentadas ou relativizadas nas duas obras  na constituição da memória e do conteúdo criado pela imaginação dos narradores-personagens, para estabelecer uma inter-relação desses aspectos com a temática abordada. Analisaremos o fato de que os personagens, inconformados com o seu tempo e espaço atuais, insistem nas possibilidades de retorno aos recantos de conforto ligados à sua origem, evocando constantemente espaços de abrigo e proteção da sua infância, equivalentes ao que Bachelard (1988) denomina espaços de  onirismo consoante . Porém, ao mesmo tempo, reconhecem não poderem mais renunciar ao modo de vida e às possibilidades oferecidas pela cidade grande. Assim, eles oscilam entre os sentimentos de desejo e repúdio pelo ambiente urbano, de acolhimento e não-pertencimento, resultando dessa alternância entre cidade e sertão, presente e passado, a constituição de uma identidade também fragmentada e ambígua. Para desenvolvermos as reflexões sobre essa questão, recorreremos, principalmente, ao trabalho de Hall (1999) sobre a identidade cultural na pós-modernidade. O objetivo é mostrar que as instâncias da memória e do devaneio, nesses romances, por servirem-se dos mesmos procedimentos e temas, parecem revelar uma intenção do romancista em apontar criticamente a questão da crise identitária do retirante: ao rememorar a condição de menino pobre do interior do Nordeste, os personagens rememoram a condição do grupo a que pertencem, revelando o destaque dado à situação do homem deslocado de sua terra de origem e impelido a enquadrar-se ao sistema opressivo dos grandes centros urbanos, estabelecendo-se, assim, metonimicamente, o retrato do brasileiro das regiões periféricas exilado na urbanidade.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>