ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:288-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">288-1</td><td><b>Em negativo: a fotografia não tirada em L´amant, de Marguerite Duras</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Flavia Trocoli Xavier da Silva </u> (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Nas primeiras páginas de L´amant, aquela que fala cava buracos: a matéria de seu rosto foi destruída, a história de sua vida não existe, a fotografia do momento a ser escrito não foi registrada, foi esquecida. Aquela que teria sido uma  imagem absoluta , que representaria um absoluto, encontra sua virtude na sua própria inexistência. Sabe-se que, por um lado, Susan Sontag pensa a fotografia no campo da significação e vê nela um convite inesgotável à dedução, à especulação e à fantasia. E que, por outro lado, Roland Barthes, a pensa no registro do Real como Contingência soberana (refiro-me à fotografia que punge e não, claro, àquela que faz propaganda). Convoco esses dois autores porque pensar a fotografia inexistente e a escrita de L amant implica considerar pelo menos esses dois campos: aquele que inscreve a imagem como potência de sentidos e aquele em que a imagem é cifra para o Real, barra os sentidos e força a escrever. Se a imagem absoluta, real, não foi registrada, imediatamente poderia se pensar que a escrita que vem lhe fazer suplência já estaria no campo das significações. Engano. Memória sem lembrança, para dizer com Michel Foucault, a escrita de L´amant não deixa a leitura, que é também a leitura de um rosto devastado, demorar-se em  o que isso significa , mas lança-a no buraco em que o  é isso impõe-se clamando uma forma, não uma metáfora, afinal a presença da mãe, como a do amante chinês, impede o sonho, ou seja, a possibilidade de desviar-se através de figuras de linguagem. Prática da devastação.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>