ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:292-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">292-1</td><td><b>ENTRE O LEMBRAR E O ESQUECER: O TESTEMUNHO ÀS AVESSAS DO ESCRITOR ITALIANO PRIMO LEVI</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Joselaine Medeiros </u> (UFSM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A Literatura de testemunho vem à tona para problematizar a época de catástrofes, em que há uma situação-limite como a que ocorreu, durante a Segunda Guerra Mundial, com os judeus nos campos de concentração nazistas. O testemunho dos sobreviventes está ligado às lembranças, ao que ficou guardado na memória: uma memória estilhaçada, em ziguezague, com lapsos, vazios, silêncios; enfim, oprimida, devido à dor e ao trauma. Em decorrência disso, o testemunho situa-se num limiar entre o esquecer e o lembrar, ou seja, trabalha no campo mais denso da simultânea necessidade do lembrar-se e da sua impossibilidade, pondo em xeque a História, por comportar eventos em excesso se comparados aos parâmetros referenciais normais. O território da memória do escritor italiano Primo Levi é o da Guerra, e ele lutou com a  guerra da memória , que impõe limites, uma vez que lembrar não é uma situação cômoda. O químico foi enviando para Auschwitz em 1944, conseguindo sobreviver ao massacre e retornar ao seu país, após muito sofrimento. Levi sentiu necessidade de contar a sua história, para que as gerações futuras tivessem conhecimento das atrocidades praticadas pelos nazistas. Durante esse percurso, também sentiu resistência, devido à dor e à reificação, que estava na própria essência do apagar e do aniquilar. No campo, os prisioneiros morriam  como números; não como nomes próprios , o número de Levi era 174.517, tatuado no braço, lembrança viva da desumanização sofrida. Na obra É isto um homem?, o escritor-sobrevivente conta a sua experiência e de tantos outros seres humanos relegados a animais, subjugados, carcomidos pelo medo e pela violência. Levi, como aponta Marcio Seligmamm-Silva, tentou  apresentar, expor o passado, seus fragmentos, cacos, ruínas e cicatrizes . A experiência foi traumática, porém a narração das vítimas era necessária no sentido de propagar o enraizamento dos princípios de reparação e justiça. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>