ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:307-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">307-1</td><td><b>OS PARECERES DA GRETA GARBO DO IRAJÁ</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Arivaldo Sacramento de Souza </u> (UFBA - Universidade Federal da Bahia) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2><i>Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá</i>, de Fernando Mello, é um texto dramático de grande repercussão nacional, que tem sido encenado desde a década de 1970, época em que as artes brasileiras estavam sob ostensiva vigilância. Conta-se, em três atos, uma história de amor entre Pedro, ou melhor, Greta Garbo do Irajá, enfermeiro homossexual de meia idade, e Renato, jovem interiorano. Eles se encontram na Cinelândia, um dos locais significados para o exercício da sociabilidade homoafetiva na cidade do Rio de Janeiro, e começaram uma trajetória bastante conturbada. Essa peça é objeto de estudo da minha tese de doutoramento em Letras, cujo objetivo é o estudo da história das práticas sócio-culturais que mobiliza(ra)m a história do texto, ou melhor, de uma  sociologia do texto , cf. Roger Chartier. Assim, ao observarmos os processos de censura ao texto, encontramos muitos pareceres  fruto das várias solicitações de encenação  e  versões diferentes de texto. Essa fortuna arquivística pode ser lida como diversas formas de recepções ao texto, o que, de modo mais amplo, pode ser utilizado para entender como eram tratadas as questões relativas à homossexualidade no período sob o qual os militares governaram o Brasil. Diante disso, tencionamos proceder à  leitura de cena da peça, contemplando o devir textual que se plasmou nos diversos testemunhos, principalmente, no que diz respeito à discussão das  experiências gays produzidas nas (re)escritura da peça. Disso reverberam questões que, para nós, norteiam a discussão, a saber: questões para além da identidade, trânsitos de gênero e de sexualidade, bem como rasuras, subjetivações e diálogos com ícones como Greta Garbo e Oscar Wilde.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>