ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:330-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">330-1</td><td><b>DA CARROÇA AO BONDE NÃO HÁ UMA LINHA RETA: IMAGEM E SUTURA NO POEMA  TU DA PAULICEIA DESVAIRADA</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Bairon Oswaldo Velez Escallon </u> (UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Mario de Andrade inventou uma fórmula sofisticada e teoricamente eficaz para interpretar o Brasil, a sua modernidade e as suas manifestações artísticas. A matéria-prima dessa chave de leitura se compõe de duas operações: 1) A clausura do passado -um passado alienado-, dos seus fundamentos e fins; 2) A complementar substituição desse passado por um presente que marcha conscientemente até a sua realização final. Dessa perspectiva, largamente difundida e repetida até hoje, a tarefa da modernização da cultura brasileira só seria possível pela intervenção de uma gradativa tomada de consciência, do progressivo esvaziamento de tudo que fosse imposição de modelos das metrópoles dos países chamados  adiantados , ou, melhor, da sua assimilação crítica numa  dimensão organizada e cumulativa que acabaria por constituir uma identidade. Qualquer outra opção corresponderia imediatamente a um arranjo de  idéias fora de lugar , isto é, a uma modernização imperfeita, em que a precariedade intelectual ambiente seria propícia a uma ufanista consciência do atraso, a uma assimilação do modelo que o conserva como forma, mas o destrói como força de transformação: uma  modernidade seqüestrada , segundo um muito recorrente chavão. Um exemplo recente dessa leitura é o artigo  A carroça o bonde e o poeta modernista (1989), em que Roberto Schwarz aproxima o poema  Pobre alimária (1925), de Oswald de Andrade, da ideologia e da estética da classe cafeeira emergente nos primórdios do Século XX. Nesse trabalho, o crítico pretende mostrar como o poeta modernista  auratiza o mito do país não-oficial ao suprimir o antagonismo de classe entre os  símbolos da carroça (pré-burguesa) e o bonde (moderno-burgués). Mediante a justaposição desses símbolos, o Modernismo elevaria  o produto à dignidade de alegoria do país (1989, p.12). Essa elevação, segundo Schwarz, contribuiria a manter as prerrogativas da oligarquia emergente e se integraria facilmente ao discurso da modernização conservadora, impedindo de vez uma autêntica modernidade brasileira. Entretanto, se pensarmos o poema a partir da dialética da imagem e já não mais sob uma dialética do progresso (que acaba sempre sintetizando as oposições), veremos que não há como  situá-lo absolutamente na história, que a sua força não cessa de ter acontecimento, que a identidade e/ou a consciência de si não esgotam o sentido. Na comunicação projetada tentarei mostrar como isso que antes chamei de  fórmula se desenvolve em alguns dos textos críticos e teóricos de Mário de Andrade e o confrontarei com o poema  Tu (muito próximo do  Pobre alimária ), lido  a contrapelo dessa concepção narrativa ou teleológica. Palavras-chave: Poesia modernista, crítica literária, teoria literária, historiografia literária. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>