ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:369-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">369-1</td><td><b>Traços da Mineiridade na Tríade Ficcional de Oswaldo França Júnior</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Maria José Ladeira Garcia Garcia </u> (UNEC - Centro Universitário de CaratingaFIC - Faculdades Integradas de Cataguases) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Procura-se estudar as tendências relativas à representação da mineiridade e compreender a identidade mineira. Para isso é importante se conscientizar de que as sociedades capitalistas são lugares da desigualdade referente à etnia, sexo, gerações, classes e cultura; como consequência, torna-se o local onde se estabelecem e contestam tais distinções, porque os grupos subordinados fazem frente à imposição de significados que sustentam os interesses dos grupos mais poderosos. A identidade é o que diferencia o sujeito como pessoa, e o sujeito é o indivíduo que firma sua identidade pela capacidade de criar um discurso em que se reconhece como a autêntica expressão de seu eu. Tanto a identidade subjetiva como a nacional (e acrescenta-se a mineira) se formam e se transformam no âmbito da representação, porque a nação não é apenas uma identidade política, mas um sistema de representação cultural. A questão da identidade envolve uma tentativa de definição do sujeito, pois interage na personalidade do sujeito, porque sem o sentimento de identificação nacional e regional, o sujeito experimentaria um profundo sentimento de perda subjetiva. Sabe-se que o sujeito não é autônomo e autossuficiente por ser formado em contato com outras pessoas que lhe medeiam os valores e símbolos- a cultura da mineiridade por exemplo, apresenta características muito peculiares. As propostas de globalização, de desterritorialização e de desconstrução do conceito de nação fizeram emergir duas posturas distintas: a proliferação de novas posições de identidade, destacadas por valores cosmopolitas ou internacionais e um <i>revival<i> do nacionalismo, visando à manutenção das comunidades imaginadas ou nações. Pensar a representação da identidade nos romances <i>Aqui e em outros lugares<i>, publicado em 1980, <i> 'A procura dos motivos<i>, em 1982, e <i>No fundo das águas<i>, em 1987 implica rever a configuração das posições de sujeito em relação com a cidade, pois a pós-modernidade, ao diluir fronteiras em movimentos de interdependência transnacional, nacional e regional, paradoxalmente, permite o desabrochar dos processo de afirmação de identidades locais frente ao conceito de nação e de identidade nacional em crise. A história da mineiridade surge com adereços recionalizadores de que o mineiro, devido ao clima, geografia e cerceamento das montanhas, não tem pressa, porque o tempo não conta. Todo é feito para durar e não para revelar aparência; portanto possui mais o espírito do eterno do que o do moderno. A forma particular de como vive o tempo fornece o eixo em torno do qual todas as categorias se harmonizam na montagem de sua visão de mundo. Fiel à sua própria natureza em qualquer estágio do progresso, é vocação de eternidade no que se refere à intemporalidade, à permanência, enquanto a mentalidade moderna é por natureza temporal. Ao priorizar a categoria espaço em relação à do tempo, constata-se a presença do homem rural dentro do cidadão urbanizado; por isso o sentido da vida estaria segurado pela manutenção da tradição e desconfiança em relação a mudanças. Toda sociologia mineira é dominada pela continuidade, fidelidade e temperância em relação ao passado, por isso Minas torna-se o equilíbrio para pode enxergar mais longe.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>