ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:451-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">451-1</td><td><b>A crônica brasileira contemporânea: tensão crítica em  Nordestinas , de Ricardo Ramos</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Aroldo José Abreu Pinto </u> (UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O trabalho ora proposto visa refletir de maneira ampla sobre as intersecções entre arte e comunicação, tendo como objeto de estudo a crônica  Nordestinas , de Ricardo Ramos, publicada no Jornal Folha da Tarde em 1985. Mais pontualmente, nosso intuito é destacar o arranjo particular da crônica brasileira contemporânea, pois entre nós, como sabemos, a crônica jornalística/estético-literária tomou uma feição que, em seu modo de representação todo particular, agrega ao mesmo tempo o emocional, o paradoxal, o ambíguo, o irônico, o alusivo, o imaginativo, o metafórico, mas também nos remete ao referencial, ao consequentemente descrito ou carrega em si uma familiar ligação com a história, a sociologia, a antropologia ou outras áreas do conhecimento pelo seu conteúdo representado. Portanto, na linha estreita entre o cognoscitivo e a sua manifestação como uma estrutura de significados autônoma  característica do discurso literário  a crônica apresenta-se como um modo de comunicação intenso, que reflete a experiência humana e nela se organiza mediada pela linguagem. Em outras palavras ainda, analogias, relações, intervenções e conflitos de valores em diversos planos  graças à organização e ao exercício de composição específico  imprimem à crônica um conjunto de traços particularizantes que, em seu processo de percepção e interpretação da realidade, nos permite vislumbrar sua latente atividade estética. Em  Nordestinas , de Ricardo Ramos, há a necessidade de associação de idéias e compreensão do jogo de vocábulos e conceitos que envolvem as contradições humanas, pois, numa leitura inicial e aligeirada da crônica, o que identificamos como corriqueiro, pelo modo de representação e conteúdo representado, parece atingir sem dificuldade o imaginário comum, mas também franqueia e/ou desvenda uma infinidade de acepções, questionamentos, incertezas e juízos sobre o mundo, realçando o que inicialmente identificamos como trivial. Tem-se, então, um texto que  parece ser , uma vez que o não-dito, mas apreendido pelos sentidos numa leitura mais atenta, tem muito mais força de representação do que o dito. A discussão igualmente perpassa pelo aparente tom de gratuidade que a crônica parece carregar e o alto índice de multissignificação que apresenta as cenas de  Nordestinas que, como veremos, parte de aspectos do cotidiano, mas estende-se para um modo especial e distinto de percepção da realidade pelo seu caráter de manipulação imagética das cenas. Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e pela Universidade do Estado de Mato Grosso</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>