ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:496-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">496-1</td><td><b>OS VELHOS E OS NOVOS TEMPOS: A IDENTIDADE EM TRANSFORMAÇÃO EM CRÔNICAS DE RACHEL DE QUEIROZ </b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Adriana Giarola Ferraz Figueiredo </u> (UEL - Universidade Estadual de Londrina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Quando as mudanças históricas se aceleram e a vida cotidiana sofre alterações, tudo que se configura nesse espaço em movimento mostra-se transitório e efêmero. O estabelecimento de uma série de rupturas, de novas associações nas relações entre os homens, e destes com o meio, gera diferentes perspectivas por parte dos envolvidos nesse processo, que se constitui permeado de transformações e de adaptações. Toda possibilidade de continuidade praticamente é arrancada da vida dos sujeitos. Aos velhos, então, a sensação de que o amanhã não lhes pertence se torna muito acentuada. Tudo que foi construído perde, de certa forma, a sua altivez inicial, para permitir à sociedade o ganho de novas forças diante daquilo que é inovador, impactante e transformador, mesmo que isso acarrete perdas insuperáveis dentro das renovadas sociedades. De acordo com Simone de Beauvoir,  As árvores que o velho planta serão abatidas. [...] O filho não recomeçará o pai, e o pai sabe disso. Ele desaparecido, a herdade será abandonada, o estoque da loja vendido, o negócio será liquidado. As coisas que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida são tão ameaçadas quanto ele mesmo. (apud BOSI, 1998, p. 77). Em meio à velocidade de uma sociedade altamente informatizada, deliberadamente modernizada e, no entanto, perdida na dinâmica das relações entre os indivíduos, a afinidade com os senescentes passa a ser pautada pela falta de reciprocidade. Não se discute mais com os velhos, não há mais o confronto das opiniões com as deles e nega-se aos mesmos a oportunidade de desenvolvimento daquilo que deveria ser intrínseco a todas as pessoas: a busca da alteridade, o direito à contrariedade, os afrontamentos pessoais e até mesmo o estabelecimento de conflitos. Nesse novo contexto social, em que a humanidade se encontra em movimento constante, resta aos senis o embaraço natural ante a sua condição e a busca da sustentação de um mínimo de dignidade, mesmo que diante de novas tendências e de particularidades por vezes impraticáveis. Perante as adversidades do dia a dia, aceitação, repulsa e perplexidade acabam se tornando as palavras de ordem, que encontram na crônica, o espaço no qual podem ser exploradas, questionadas e experimentadas.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>