ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:511-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">511-1</td><td><b>A sobrevivência do amor romântico nas canções poemas da pós-modernidade.</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Manuela Chagas Manhaes </u> (UNESA - Universidade Estácio de Sá) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>É fato que a linguagem permeia todas as civilizações. Através dela além de nos comunicarmos podemos expor pensamentos, emoções e sensações. Ela passa a ser base para a construção da identidade de um grupo, de uma tribo, de uma classe de uma cultura, de um período histórico. Ou seja, ela traz em si especificidades, paradoxos e sinais que permeiam o tempo e ultrapassam o mesmo. Sim, por mais que o ser humano diante de diferentes contextos históricos tenha modificado a dinâmica social, não podemos deixar de perceber que suas emoções e sensações mais intrínsecas a alma ali estavam sufocadas ou refletidas sob alguma forma de expressão. O que isso para nós? Bem é isso que me incomoda e me despertou para uma reflexão sobre o amor. Ah, o amor de Camões, Shakespeare, Florbela Espanca, Maiakovsky, Pablo Neruda, Alfred Musset, Gonçalves Dias, Castro Alves, Antônio Thomas de Gonzaga com sua Marília de Dirceu, em Cecília de Meirelles, Jorge Amado, Vinícius de Moraes e tantos outros poetas que expurgaram da alma a sofreguidão, o hedonismo de poder ao menos sonhar com a entrega, renúncias e que personificaram a imagem poética da pessoa amada foram além dos paradigmas de seus tempos, foram dando voz ao anonimato que encontrara em suas expressões metafóricas o refugio para que este amor romântico capaz de sacrifícios e renuncias o qual nos confinamos por devoção e por uma espécie de embriaguez de sentimentalidades pudessem sobreviver a rotina, a vida em preto e branco, a crueldade humana e a banalidade das relações amorosas. Sim a banalização do amor, tornou o pragmático, passou a dar o sentido de porto seguro enquanto aquele que se leva nos olhos, dentro da alma, que é incondicional as tempestades, que reflete a imagem poética e traz risos e se torna atemporal aos compromissos tornou se clichê, sobrevive apenas na fantasia e nas expressões poéticas; o amor, este amor que os nossos poetas tanto expressam ficou calado, guardado e agasalhado, algumas vezes, pela mortalha da doce vida que como expectadores sonhamos um dia ter: viver um grande amor. Mesmo que seja por esta expressão artística musical, estando nós entre ofícios e desejos, almejamos encontrá-lo. É nesta perspectiva que escolhi trabalhar entre tantas apenas com três canções poemas da modernidade: você não sabe  Roberto Carlos & Erasmo Carlos Sem você- Vinícius de Moraes & Tom Jobim e futuros amantes- Chico Buarque de Holanda. Canções estas que mesmo diante de um contexto histórico que retrai as emoções e o romantismo de outrora acabam por oxigenar a sociedade desta época com suas cargas emotivas, dando sentido à sobrevivência do amor romântico em diversas maneiras, nas quais nos deparamos com o eu poemático trovadoresco, amante da sensação que o amor provoca que derrama sentimentalidades em acordes musicais e consequentemente alimentando aqueles que se permitem a sensibilidade o estado hedonista, inebriante e acalentador que o amor em sua essência pode nos presentear.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>