ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:532-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">532-1</td><td><b>Um Amor de Swann de Marcel Proust: quando sentimento e arte se entrelaçam</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Maria Cristina Vianna Kuntz </u> (PUC-SP-COGEAE - Pontifícia Universidade Católica) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Antoine Compagnon afirma que no romance Um amor de Swann de Marcel Proust, a relação entre o protagonista Swann e sua amante, Odette baseia-se em um quadro de Boticcelli e na  Pequena Frase da sonata de Vinteuil (COMPAGNON, 1989. Assim, além da  palavra , do  canto proustiano a fascinação deste romance repousa nas relações que o autor estabelece entre as artes e os sentimentos de Swann, o protagonista. Este cria uma imagem ideal : ele vê Odette no quadro renascentista, identifica seu amor à « Pequena Frase» de uma sonata. Nasce, assim, um sentimento muito forte que se constrói a partir dessas obras de arte. Os conceitos de imanência e transcendência (GENETTE, 1994), de certa forma, nos permitem compreender o sentimento do protagonista que se ampliará e fortalecerá de tal maneira a não admitir as evidências de traição de sua amante. Entretanto um dia, o encontro com a realidade será inevitável e então o que restará de seu amor será apenas a « memória», a lembrança dos primeiros tempos que finalmente ele terá que esquecer. Mas a arte transcende o tempo e o amor; e de sua desilusão restará apenas a beleza da arte que Swann guardará em seu coração. Assim, vemos que pathos e ethos se entrelaçam e formam o cerne deste romance construindo uma obra singular, cujo fluxo contínuo entre as artes formará a tessitura da palavra. Um amor de Swann é, pois, muito mais que uma narrativa de intriga amorosa, é um texto  produtivo , que exige a participação do leitor para a construção do significado. É uma escrita que se constrói a partir da imaginação do protagonista relacionando-a com a arte. Mesmo ante a descoberta da realidade no final do romance, ele estabelecerá laços com a pintura e com a música. Portanto veremos que, anunciando a modernidade do século XX, a significância (BARTHES, 1980) desse romance residirá no cruzamento da pintura, da música e da Literatura (KRISTEVA, 1981). Nesta comunicação pretendemos examinar os laços que unem os sentimentos do protagonista e as obras de arte pictórica e musical e o alcance dessa construção literária. Palavras-chave:Literatura Francesa; Literatura do século XX; Literatura e arte; Intertextualidade </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>