ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:537-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">537-1</td><td><b>Prolegômenos para uma poética sexual latino-americana: a politização do corpo e do desejo em Caio Fernando Abreu e Jaime Bayly </b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Anselmo Peres Alós </u> (UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Haverá uma poética do corpo e da subjetividade avessa à heteronormatividade no que diz respeito ao romance latino-americano contemporâneo? Caso haja, tal poética estaria calcada na homogeneidade dos recursos literários mobilizados para a textualização das experiências de vida de gays, lésbicas e travestis, ou estaria ela calcada na heterogeneidade de estratégias textuais? Como estes textos lidam com questões como o compromisso com a cultura nacional na qual foram geridos, bem como com a liminaridade entre: o literário e o não-literário; entre o nacional, o transnacional e o estrangeiro; ou ainda, entre a masculinidade, a feminilidade e a androginia? Como as fronteiras de gênero, raça, classe e orientação sexual são atravessadas, borradas, rasuradas e problematizadas no discurso romanesco? Quais as contribuições e limitações, no campo da crítica literária, de noções como homographesis, homotextualidade e homocultura? E, finalmente, como o atravessamento das fronteiras de gênero e a textualização de práticas sexuais subversivas e não-heterossexuais impactam nos discursos sobre o cânone literário, a cultura e o sentimento de pertença a uma comunidade nacional? A articulação de uma epistemologia <i>queer</i> permite pensar a textualidade como o lugar de encenação de uma ficção política que questiona os regimes heteronomativos do sexo e do gênero, e propõe uma estratégia de resistência baseada tanto nos corpos e nos prazeres quanto nas políticas de representação e reinvenção das masculinidades e das feminilidades. No exercício de aproximação comparatista realizado neste trabalho, busca-se evidenciar as contradições e impasses que emergem nos romances <i>Onde andará Dulce Veiga?</i> (1990), do brasileiro Caio Fernando Abreu, e <i>No se lo digas a nadie</i> (1994), do peruano Jaime Bayly. Será dado relevo, no gesto de leitura, a questões de raça, classe e gênero, bem como as potencialidades e os pontos problemáticos de uma poética <i>queer</i> como lugar de intervenção cultural, no qual são performativamente projetados novos arranjos de legibilidade social.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>