ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:538-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">538-1</td><td><b>SHENIPABU MIYUI: LITERATURA ESCRITA INDÍGENA COMO EXPRESSÃO DE UM LEGADO MÍTICO</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Érika Bergamasco Guesse </u> () </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A Constituição de 1988 garantiu o direito à educação indígena bilíngue no Brasil e esse fato incentivou um grupo considerável de indígenas a se tornarem escritores. Portanto, pode-se dizer que, hoje, o índio escreve sobre os índios  e também sobre os brancos  para que, principalmente, outros índios leiam; está em processo de configuração, em nosso país, uma <i>literatura</i> indígena. São os professores índios das escolas diferenciadas os principais responsáveis pela escrita  tanto em língua portuguesa como em suas línguas nativas  de narrativas que antes eram transmitidas de geração para geração apenas através da oralidade. Esses textos têm como público-alvo principalmente os alunos das escolas indígenas, mas pode-se observar que um grande número dessas produções tem deixado o limite das aldeias e alcançado leitores diversos, mesmo que ainda em pequena escala. Os índios dividem o tempo em <i>antes</i> e <i>depois</i>, e essa divisão determina duas categorias básicas para a classificação das suas histórias: as <i>histórias de hoje</i> são narrativas de histórias acontecidas, baseadas num contexto historiográfico; já as <i>histórias de antigamente</i> são as narrativas de origem mítica, que compõem a maior parte das escrituras de autoria indígena. Diante desse contexto, a presente comunicação pretende apresentar um breve panorama dessa  recente literatura divulgada mediante a escrita e realizar uma reflexão acerca dos mitos  enquanto narrativas que explicam o mundo, os seres, os valores, integrando o real/cotidiano com o suprareal, mágico, fabuloso, divino  que, além de serem contados oralmente, estão sendo escritos em forma de livros, adquirindo o estatuto de produção literária escrita. Para exemplificar essa reflexão acerca da compreensão e escrita dos mitos indígenas, será apresentada a obra de autoria coletiva dos índios Kaxinawá, <i>Shenipabu Miyui</i>, constituída por 12 <i>histórias de antigamente</i>, tornando evidente o processo da literatura escrita indígena como expressão de um legado mítico.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>