ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:594-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">594-1</td><td><b>Estudo sobre Ópera dos Vivos da Companhia do Latão</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Priscila Saemi Matsunaga </u> (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Em sua recente montagem,  Ópera dos vivos , o grupo teatral paulistano Companhia do Latão propõe uma reflexão crítica da produção cultural brasileira dos últimos 50 anos, produzindo um espetáculo construído a partir de 4 atos, cada um versando sobre uma manifestação artística específica: o Ato I  Teatro, a Sociedade Mortuária: uma peça camponesa, apresenta uma reflexão sobre a produção teatral a partir da apresentação de um grupo de teatro ensaiando uma peça sobre a questão agrária brasileira e a formação das Ligas Camponesas; o Ato II  Cinema, Tempo Morto: um filme sobre o golpe, é literalmente um filme média-metragem que dialogo com a produção do Cinema Novo, em especial com  Terra em transe de Glauber Rocha; o Ato III  Música popular, privilégio dos mortos, dialoga com o tropicalismo, os artistas e a música produzida após o golpe de 64, e o Ato IV  Televisão, Morrer de Pé, acentua a reflexão sobre o modo de produção do artista contemporâneo, a fragmentação e especialização exigida para a manutenção da indústria cultural, em especial, a produção televisiva. Em seu conjunto a montagem, de aproximadamente 4 horas, é um convite à reflexão sobre a cultura brasileira e seus meios de produção, incidindo, em especial, sua crítica às condições de trabalho dos artistas em diferentes períodos. O presente trabalho contempla uma reflexão sobre o Ato I  Teatro, buscando a compreensão dos aspectos dramatúrgicos e cênicos apresentados pelo grupo. O viés adotado nessas observações busca compreender como  Ópera dos vivos se constitui como um espetáculo que, deliberadamente, compete com as atuais formas de representação no teatro brasileiro, ao propor uma montagem que se desdobra em questões que, pela visão de muitos, estão ultrapassadas: a luta de classes, a ditadura, o trabalho (também presentes em outras montagens); temas precipitados pela produção épico-formal da cena, o que delineia a disputa pela <i>convenção<i> para a produção do teatro brasileiro. Provisoriamente indico que, por <i>convenção<i>, busco dar conta da estrutura de sentimento emergente em  Ópera dos vivos e na produção do Latão. A estrutura de sentimento, conceito utilizado por Raymond Williams, segundo Cevasco (2010) <i>procura dar conta de uma área da experiência que é social e material, mas ainda não completamente articulada...O central dessa noção é o esforço de incorporar à analise da cultura noções que fazem parte da nossa experiência de obras de arte, mas que ficam normalmente relegadas para a área difusa, mal-explicada e pouco rigorosa das impressões, sensações e ... sentimentos. Isso tudo em prejuízo do fato de que todos eles, impressões, sensações e sentimentos, fazem parte da experiência do vivido e são motores da fruição da arte<i>. O Latão, a partir de uma operacionalização particular do efeito de estranhamento proposto por Brecht, disputa com a hegemonia teatral brasileira contemporânea a própria convenção teatral. Re-significa o  estranhamento técnico-propagandístico e imprime na cena teatral contemporânea o debate sobre a função da arte. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>