XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC
Resumo:598-1


Oral (Tema Livre)
598-1“The awful German language” ou: Será que ‘Die geistige Entwicklung’ é “O desenvolvimento mental”?
Autores:Hans Theo Harden (UNB - Universidade de Brasília)

Resumo

A questão central desta contribuição é: até que ponto as obras de filósofos foram reinventados e reescritas por tradutores e pelas traduções? O meu objetivo é dar uma tentativa de resposta, e, para tanto, vou me concentrar em um conceito chave do Idealismo Alemão: a noção de GEIST. ਀ Com o exame de traduções para diferentes línguas e mediante a determinação e análise do campo semântico de GEIST, é possível mostrar que o tradutor – independentemente de seu posicionamento teórico (fidelidade ao texto ou fidelidade ao público alvo) – está forçado a se afastar consideravelmente das mensagens contidas no original. ਀ A partir do título da obra mais conhecida de Wilhelm von Humboldt, Über die Verschiedenheit des menschlichen Sprachbaus und ihren Einfluss auf die geistige Entwicklung des Menschengeschlechts, que em si já suscita várias questões a respeito de ‘equivalência’ (cf. e.g. as contribuições de Nida, Hermans, Vermeer, Reiss e Snell-Hornby, entre muitas outras), passarei à análise das obras de Hegel. ਀ A respeito desse autor, existem muitos comentários depreciativos. Diz-se, por exemplo, que ele era um corruptor da língua alemã e que suas obras são inteligíveis apenas em traduções para línguas românicas, pois só através desses meios seria possível desambiguar seus textos. ਀ Baseado na minha experiência com a tradução Filosofia da História, de Hegel, para o português, vou examinar alguns pontos criticos da obra nos quais o tradutor se vê obrigado a tomar decisões de consequências consideráveis para a continuação do texto.਀ Gostaria de enfatizar que os dois filósofos receberam críticas severas pela falta de transparência linguística em suas obras, até por parte de filósofos contemporâneos. Mas o que exatamente constitui essa obscuridade? GEIST, por exemplo, não é um termo muito preciso, e a tradução sugerida no título desta contribuição deixa o conceito muito mais transparente. Mesmo assim, a questão permanece: trata-se de uma tradução ou de uma reinvenção?਀ Referências bibliográficas਀䠀攀最攀氀Ⰰ 䜀⸀圀⸀䘀Ⰰ ⠀㄀㤀㠀㘀⤀Ⰰ 嘀漀爀氀攀猀甀渀最攀渀 ﰀ戀攀爀 搀椀攀 倀栀椀氀漀猀漀瀀栀椀攀 搀攀爀 䜀攀猀挀栀椀挀栀琀攀⸀ 䘀爀愀渀欀昀甀爀琀㨀 匀甀栀爀欀愀洀瀀⸀ — (1993), Filosofia da história. Brasília: Editora da UnB.਀䠀攀爀洀愀渀猀Ⰰ 吀⸀ ⠀攀搀⤀ ⠀㄀㤀㠀㔀⤀Ⰰ 吀栀攀 䴀愀渀椀瀀甀氀愀琀椀漀渀 漀昀 䰀椀琀攀爀愀琀甀爀攀㨀 匀琀甀搀椀攀猀 椀渀 䰀椀琀攀爀愀爀礀 吀爀愀渀猀氀愀琀椀漀渀⸀ 䰀漀渀搀漀渀㨀 䌀爀漀漀洀 䠀攀氀洀⸀ Humboldt, W. von (1907), Über die Verschiedenheit des menschlichen Sprachbaus und ihren Einfluss auf die geistige Entwicklung des Menschengeschlechts in: Leitzmann, A. (ed), Vol. 7, Berlin: 1-344. ਀᐀†⠀㄀㤀㤀㤀⤀Ⰰ 伀渀 䰀愀渀最甀愀最攀⸀ 伀渀 琀栀攀 䐀椀瘀攀爀猀椀琀礀 漀昀 䠀甀洀愀渀 䰀愀渀最甀愀最攀 䌀漀渀猀琀爀甀挀琀椀漀渀 愀渀搀 䤀琀猀 䤀渀昀氀甀攀渀挀攀 漀渀 琀栀攀 䴀攀渀琀愀氀 䐀攀瘀攀氀漀瀀洀攀渀琀 漀昀 琀栀攀 䠀甀洀愀渀 匀瀀攀挀椀攀猀Ⰰ 䌀愀洀戀爀椀搀最攀㨀 䌀愀洀戀爀椀搀最攀 唀渀椀瘀攀爀猀椀琀礀 倀爀攀猀猀⸀ Nida, E. (2001), Contexts in Translating. Amsterdam:Benjamins.਀刀攀椀猀猀Ⰰ 䬀⸀⼀嘀攀爀洀攀攀爀Ⰰ 䠀⸀ ⠀㄀㤀㠀㐀⤀Ⰰ 䜀爀甀渀搀氀攀最甀渀最 攀椀渀攀爀 愀氀氀最攀洀攀椀渀攀渀 吀爀愀渀猀氀愀琀椀漀渀猀琀栀攀漀爀椀攀⸀ 吀ﰀ戀椀渀最攀渀㨀 一椀攀洀攀礀攀爀⸀ Snell-Hornby, M. (2006), The turns of translation studies: new paradigms of shifting viewpoints. Amsterdam: Benjamins.਀㰀⼀昀漀渀琀㸀㰀⼀瀀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀