ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:617-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">617-1</td><td><b>O ponto de vista do outro em  Axolotl , de Julio Cortázar</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Ana Carolina Cernicchiaro </u> (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Este trabalho propõe pensar o  Axolotl , de Julio Cortázar, como um conto sobre o ponto de vista do outro, um absolutamente outro tão estranho quanto pode ser a larva de uma salamandra e, ao mesmo tempo, tão próximo que se torna um duplo do narrador. Inevitável não lembrar do <i>unheimlich</i> de Freud, para quem o duplo representa uma espécie de consciência do <i>self</i>. Dando um novo sentido a esta idéia, podemos pensar que essa  consciência se forma justamente porque é ao outro que cabe a pergunta sobre o eu. É no embate com o outro que chegamos a uma consciência de nós mesmos. Conforme ensina a lição levinasiana, é somente neste encontro ético que se forma uma subjetividade. Neste sentido, ao introduzir este corpo estranhamente familiar, mais do que produzir estranhamento (conseqüência tanto da monstruosidade do axolotl quanto da transformação inumana do narrador), o texto cortazariano se revela um trabalho de performance que dá boas-vindas ao outro inumano, apresentando o eu como um devir entre multiplicidades e ressaltando a impossibilidade de demarcar o eu e o outro, o sujeito e o objeto. Mais que isso, aliás, aponta para o fato de que é pelo ponto de vista desta alteridade absoluta, tão estranha e tão próxima a mim, que posso me perceber como um ser incompleto, um ser que só existe com o outro, um ser no mundo, com o mundo e para o mundo. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>