ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:619-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">619-1</td><td><b>O fantasma de Strawberry Hill: pseudotradução e a proposta estética de Horace Walpole (a partir de uma leitura dos prefácios de O Castelo de Otranto)</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Dircilene Fernandes Gonçalves </u> (USP - FFLCH - Universidade de São Paulo) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Em meados do século XVIII, quando o romance inglês estava em plena formação, veio a público, na véspera de natal de 1764, a primeira edição de <i>O Castelo de Otranto</i>. A narrativa, repleta de acontecimentos sobrenaturais e inexplicáveis pela razão, ia de encontro à racionalidade moderna que se impunha na época, a qual pretendia estabelecer para o romance nascente um caráter educativo e exemplar. A recepção da crítica oscilou entre o elogio a um texto bem escrito e o desagrado com a temática que remontava a um tempo obscuro, em que o homem vivia mergulhado na ignorância. No entanto, o fato de o texto ter sido apresentado como uma tradução de um original italiano do século XVI abrandou a reação da crítica, que admitiu ser a antiguidade do original uma justificativa aceitável para o desatino de seus elementos. A segunda edição, publicada em abril de 1765, trouxe no novo prefácio a revelação de que o texto não era uma tradução, mas uma narrativa original escrita por Horace Walpole, figura proeminente da sociedade inglesa do século XVIII. As explicações de Walpole para tal "ficção tradutória" causaram reações diversas no público e na crítica, levando a acaloradas discussões estéticas e éticas em torno da farsa engendrada pelo autor e que acabaram por conferir à obra, até hoje, o status de fundadora do romance gótico. Palavras chave: romance inglês, Horace Walpole, tradução, ficção tradutória, estética, ética</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>