ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:623-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">623-1</td><td><b>ESTORVO, DE CHICO BUARQUE, UMA LEITURA ALEGÓRICA</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Tânia Maria de Mattos Perez </u> (UFF - Universidade Federal Fluminense) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Os romances contemporâneos têm frequentemente trabalhado com a temática urbana, focando questões da (des)identidade, da fragmentação e da solidão dos sujeitos diante de um mundo violento, globalizado e marcado pela sociedade de espetáculo. Neste trabalho, propomo-nos a fazer a leitura de <i>Estorvo</i> (1991), de Chico Buarque. Suspense, violência, erotismo, degradação social e morte perfazem a escrita buarquiana, com ares de romance policial. O enredo gira em torno da história de fuga do personagem-anônimo, um misto de sonho/pesadelo e realidade a partir da visão de um estranho do outro lado do emblemático  olho mágico do apartamento. Assim, a narrativa de <i>Estorvo</i> brota da visão, da imaginação e da memória do narrador-personagem em plena crise existencial e moral. Buscamos respostas para os enigmas do texto buarquiano, seguindo os passos narrativos e tentamos decifrar os signos: as palavras, as imagens, os símbolos e as alegorias apresentados no romance. Para tanto, utilizamos como apoio teórico os pensamentos ou a filosofia histórica e estética da alegoria barroca, defendida por Walter Benjamin em seus livros, mas, em especial, no seu livro-tese, <i>Origem do Drama Barroco Alemão</i>. Assim, tentaremos demonstrar de que maneira o modo de ser barroco se assemelha qualitativamente ao modo de ser do indivíduo na era moderna ou pós-moderna e como o romance de Chico Buarque pode ser lido como uma representação alegórica, pois traz em seu bojo alguns elementos que compõem o espetáculo do luto, a melancolia condizentes com o <i>Trauerspiel</i> alemão.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>