ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:624-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">624-1</td><td><b>A textura da desanatomia: o mal e o corpo em Último Round, de Júlio Cortázar</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Bárbara Nayla Piñeiro de Castro Pessôa </u> (UFF - Universidade Federal FluminenseUFF - Universidade Federal FluminenseUFF - Universidade Federal FluminenseUFF - Universidade Federal Fluminense) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O gesto vanguardista de ruptura com os limites da obra de arte enquanto instituição desligada da práxis vital engendra um estética do corte e do radical que linda com o excesso. Situando-se no marco da recuperação dos princípios da arte de vanguarda, <i>Último Round</i> (1969), de Júlio Cortázar, se arma como livro colagem no qual tanto as cenas de eroticidade e crime como as práticas de esquartejamento textual provocam nossa reflexão sobre a transgressão do corpo erótico na fronteira do desumano e a simultânea transgressão do corpo do Livro em sua unicidade e caráter de obra de arte. Pretendemos observar aqui a presença do mal, no sentido que lhe confere Georges Bataille, em <i>A Literatura e o Mal</i> (1957), como uma potência destrutiva vinculada ao próprio sentido da literatura como zona de perigo e privilégio do instante. Nosso olhar quer se deter no mal como impulso desestabilizador e de desejo que, através do princípio do informe, mina a arquitetura do texto, dando-lhe uma configuração acéfala, sem discurso reitor, um conjunto de papéis incapazes de oferecer-nos uma leitura orgânica. Nossa leitura pretende vincular as práticas de desanatomização e, até, aniquilamento do corpo, humano e textual, com o horizonte utópico da literatura como lugar de desvio do <i>logos</i> e felicidade. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>