ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:660-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">660-1</td><td><b>MODERNIDADE, EXPERIÊNCIA E REPRESENTAÇÃO SOCIAL: O MENINO EM AS MARGENS DA ALEGRIA (PRIMEIRAS ESTÓRIAS) E O MENINO DA DOIDA EM AS FILHAS DO ARCO-ÍRIS, DE EULÍCIO FARIAS DE LACERDA</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Eldio Pinto da Silva </u> (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEUERN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Na concepção de Adorno:  O sujeito literário, quando se declara livre das convenções da representação do objeto, reconhece ao mesmo tempo a própria impotência, a supremacia do mundo das coisas, que reaparece em meio ao monólogo. (ADORNO, 2003, p. 62). A tentativa de compreender o papel da experiência e da representação social da personagem  menino" enquanto sujeito literário faz pensar como isso influencia na formação da sociedade. Portanto, neste trabalho relatar-se-á sobre o Menino em  As margens da alegria (<i>Primeiras Estórias</i>, Guimarães Rosa, 1962) e o Menino da doida em <i>As Filhas do Arco-Íris</i> (Eulício Farias de Lacerda, 1980). <i>Primeiras Estórias</i> traz pontos de discussão em temáticas que o leitor vai descobrindo cada vez que viaja pela obra para encontrar seus segredos e mistérios. Ressalte-se que livro de Guimarães Rosa traz uma áurea peculiar, com segredos que fascinam como o caso da modernização em  As margens da alegria para a construção da  grande cidade (centro). Em  As margens da alegria , o Menino, sempre sem nome específico, que representa a personificação da infância, vai de encontro com um mundo de descobertas e experiências. A forma de narrar embala a leitura com o jogo do imaginário da  viagem inventada no feliz e a construção da  grande cidade . Assim, se expressa a construção de uma cidade como grande centro, uma referência histórica a Brasília. A experiência vivenciada pelo narrador retoma os desejos da infância, as alegrias de ver novos lugares e se vislumbrar com a perfeição da natureza, da diversidade e com as características de um animal. Para o Menino, o momento é de aprendizagem, pois vivencia diversas experiências: o reconhecimento do avião, o voo, as paisagens, tudo mostra a aquisição de conhecimento. O menino retratado em  As margens da alegria tem características de: ingênuo, inteligente, necessita de atenção, convive com um espaço a ser descoberto, é um representante social que não precisa de nome específico para participar da comunidade, é socialmente aceito pelos seus familiares e por membros sociais. Já em <i>As Filhas do Arco-Íris</i> há um menino narrando sua infância sofrida e alegre no meio da comunidade de Gurinhatá (RN-PB) (interior/periferia). Ao mesmo tempo em que conta a história da vila até a chegada da modernização convive e brinca com o cego, o bêbado e o doido, e aprende a narrar com as estórias do velho Pai Estevão. Esse menino não revela, até certo ponto da narrativa, o seu nome. Na comunidade é conhecido como menino da doida, referindo-se a sua tia maluca. Mas às vezes convive com seus tios num sítio próximo da vila, lá é chamado de Sobrinho. É uma personagem órfã e, enquanto sujeito literário, muitas vezes convive com um ambiente de abandono ou solidão, nele há uma constante busca de realização pessoal. Nos dois casos vê-se um percurso de amadurecimento, aspecto que se relaciona com reflexões pertinentes à Teoria da Narrativa, sobretudo com posicionamentos de Walter Benjamin e Adorno.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>