ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:665-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">665-1</td><td><b>PUSH: ENTRE A EXPERIÊNCIA E A REPRESENTAÇÃO DA VIOLÊNCIA SEXUAL</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Marina Barbosa de Almeida </u> (UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Este trabalho examina o potencial do texto literário em causar choque, ou segundo Marco Abel (2007) a arte como um evento violento. Neste encontro, segundo Abel, há uma suspensão do julgamento, uma pausa momentânea que evita a transformação da <i>experiência</i> da violência em uma <i>representação</i> da violência. Desta forma, o texto se torna um espaço de desconforto onde o leitor poderá questionar suas interpretações e julgamentos morais. Aqui um texto é entendido como violento não apenas devido ao seu conteúdo e narrativa, mas também devido à experiência estética proporcionada ao leitor. Tal característica é presente em <i>Push</i> de Sapphire (1996): a violência doméstica, o abuso sexual, e o estupro são abordados pela personagem Claireece Precious Jones em toda sua complexidade e trauma, mas sem oferecer ao leitor uma resolução fácil. Os significados de amor, sexualidade e prazer forjados por Precious desafiam noções de normalidade e sanidade quando estupro e incesto não possuem apenas os significados aceitos pelo discurso moral e ético americano. Sua experiência sexual  de abuso, violência e dissociação  constroem um conhecimento complicado por sensações físicas. As sensações de Precious se misturam com seu medo, ódio e incompreensão  a violência atua como choque e não como representação. De forma significativa, quanto mais Precious tenta descrever sua história de violência e o sofrimento, mais difícil fica para o leitor alcançar o significado. O leitor acompanha a trajetória de Precious ao mesmo tempo em que constrói novos significados para ela e para si próprio. O encontro violento com o texto literário subverte valores e oferece a possibilidade de sentirmos novas sensações e criamos novos significados.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>