ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:676-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">676-1</td><td><b>Traduzindo a arte: uma leitura interdisciplinar do poema  Visitas Noturnas , de Beatriz Viégas-Faria.</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Rosiene Almeida Souza Haetinger </u> (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Lúcia Sá Rebello (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Ao dizer que  quem ama a pintura bem sabe que a pintura é uma fonte de palavras, uma fonte de poemas , o filósofo francês Gaston Bachelard (1985) traduz de forma paroxística o processo de criação de <i>Pampa pernambucano</i>: poesia, imagens, e-mails (2000), de Beatriz Viégas-Faria. A partir de obras do pintor pernambucano Gil Vicente, a gaúcha deu-se o  direito de sonhar , o que resultou em poemas que reúnem paixão, técnica, percepção literária e memória. Como o próprio título indica, o livro é composto dos poemas produzidos pela autora, das pinturas de Gil Vicente e dos e-mails trocados entre ambos durante todo o processo de criação do livro. Desse modo, há de se considerar o caráter singular da referida obra, uma vez que se trata de uma produção de cunho intertextual, polissistêmico, de natureza indubitavelmente comparatista, uma vez que apresenta relações com outras linguagens e outros textos (intertextualidade e interdisciplinaridade), é resultado da escrita de uma tradutora literária e, ainda, o fato de Beatriz mostrar e refletir, nos e-mails, sobre o seu processo de criação, revelando os  bastidores do texto (crítica genética). Diante desse contexto, apresentamos uma leitura do poema  Visitas noturnas , o qual mantém uma relação de confluência com a pintura  A visita (1998), de Gil Vicente, identificando e analisando as relações intertextuais e interartísticas, através das presenças confessas e inconfessas, a fim de se desvelar o processo criativo da autora. Esse trabalho tem como aporte as teorias do filósofo francês Gaston Bachelard e de pressupostos relativos à Literatura Comparada. O poema (assim como o livro como um todo) tem um caráter singular por vários motivos, dentre eles poderíamos destacar sua natureza indubitavelmente comparatista e o declarado encantamento pela obra pictórica do pintor Gil Vicente, a qual constitui-se como principal elemento de confluência. A análise do poema  Visitas noturnas pressupõe que as confluências confessas e inconfessas difratam, ampliam os significados para o leitor, assim como revela que a estratégia da forma de Beatriz Viégas-Faria resulta em um texto poético em que as artes plásticas e a pintura se interpõem, se misturam: é a  líquida fronteira que enriquece o texto. Como faz a autora, podemos perguntar, a propósito do resultado do devaneio da gaúcha sobre a obra pictórica de Gil Vicente e dessa inter-relação concretizada em <i>Pampa pernambucano</i>: quem visitou quem?</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>