ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:696-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">696-1</td><td><b>UMA NOVA CONFIGURAÇÃO NA LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA: O DISCURSO DA E SOBRE A HOMOAFETIVIDADE E A FAMÍLIA HOMOPARENTALIDE</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Antonio de Pádua Dias da Silva </u> (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Há década que pesquisadores da área de literatura brasileira vem enfrentando uma situação que tem polemizado os estudos feitos na área: a eclosão, embora tardia e timidamente, da emergência do tema da homoafetividade na literatura infanto-juvenil. Se há resistência por parte dos que produzem discursos sobre o texto literário para crianças no que tange à reflexão de aspectos da homoafetividade nesse gênero literário, deve-se transformar numa celeuma, brevemente, o caso de duas obras publicadas em fins de 2010, a saber, Meus dois pais de Walcyr Carrasco, e Olívia tem dois papais de Márcia Leite. A babel discursiva orbita em torno das obras que já vinham rendendo polêmicas: O gato que gostava de cenoura (1999) de Rubem Alves, Menino ama menino (2000) de Marilene Godinho, O menino que brincava de ser (1986) de Georgina da Costa Martins, O amor não escolhe sexo (1996) de Giselda Laporta Nicolelis, dentre outras obras de mesma temática. O objetivo do artigo é discutir as novas histórias que estão sendo contadas, pela literatura infantil brasileira, sobre propostas desconstrucionistas da sexualidade hegemônica, da família heteroparental, do sujeito heterossexual. É evidente que essa forma binária de apresentar a proposta, de natureza didática, não corrobora a noção bipolar e negativista para o lado menor da relação, mas não há, no momento, uma forma um tanto queer de introduzir o assunto sem essas noções preliminares e binaristas tão negadas por parcela de pesquisadores dos estudos gays e lésbicos. Centraremos nossa discussão em narrativas literárias infantis escritas em língua portuguesa (as já citadas) e língua inglesa (A tale of two daddies de Vanita Oelschlager, obra de 2010 eoutras que foram escritas na perspectiva aqui referida), estabelecendo comparações também com narrativas escritas em língua espanhola, cujos modelos de sujeito do desejo, família e sexualidade se tornam mais frouxos ou alargados nas obras das culturas estrangeiras, quando comparadas àquelas escritas em língua portuguesa. O paralelo não objetiva estabelecer juízos de valor ao texto, tão somente, por comparação, perceber que a temática é universal, com um maior número de publicação de obras com a temática em língua inglesa e no Brasil, país bastante diverso em sua macro-estrutura cultural, ainda resiste quanto aos novos sentidos que o gênero literário infantil brasileiro vem dando à questões de ordem do gênero e da sexualidade, apontando especificamente para a construção de sujeitos homoafetivos convivendo na diversidade, e para as novas parcerias ou uniões civis que refletem também,numa proporção indireta do tema, a formação de novos lares e famílias sob a ordem homparental. Espera-se que a discussão gerada pela e na literatura traga contribuições para o campo dos estudos literários que ainda se ressente da negação da literatura de temática gay no contexto de Brasil.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>