XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC

XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC

Resumo:698-1

Oral (Tema Livre)

698-1	O MITO BÍBLICO DE SALOMÉ REVISITADO PELO “PAGÃO” GABRIELE D’ANNUNZIO
Autores:	Claudia Fernanda de Campos Mauro (UNESP- FCLAR - Faculdade de Ciências e Letras- UNESP- Araraquara)

Resumo

A figura de Salomé foi um dos maiores mitos explorados dentro da produção artística do século XIX. Representou uma constante e fértil fonte de inspiração para pintores, poetas e músicos deste peíodo. Salomé, representante maior do eterna feminilidade e do eterno feminino, ocupa posição central dentro do período do simbolismo/decadentismo francês. Desta forma, o tema de Salomé tranformou-se em mito e a figura da dançarina que, seduzindo um homem, consegue a cabeça de outro foi, muitas vezes retomada e trabalhada. Salomé, portanto, seduziu mais uma vez só que, agora, não mais Herodes mas, os artistas do final do século XIX e início do século XX, que se deixaram levar pelo herotismo, capacidade de sedução e caráter controlador desta personagem. Assim, Salomé parte do Novo Testamento, dos Evangelhos de São Mateus, São Marcos e São Lucas e chega até o século XX. Sendo freqüente a presença da figura da mulher fatal na produção artística finissecular, escolhemos como objeto de estudo deste trabalho o romance "Trionfo della Morte" (1894), do escritor italiano Gabriele D’Annunzio. As personagens femininas têm presença constante e marcante no espaço da criação artística dannunziana e, no romance em questão, Ippolita Sanzio apresenta-se como uma representante da figura de Salomé, da mulher fatal, da “belle femme sans merci”.

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