ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:719-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">719-1</td><td><b>A TRAIÇÃO DA MEMÓRIA NA "AUTOBIOGRAFIA DE UMA SOBREVIVENTE DO HOLOCAUSTO"</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Mírian Sumica Carneiro Reis </u> (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O artigo proposto pretende pôr em discussão as possibilidades da literatura para, senão responder, problematizar questões do tipo: como elaborar a experiência traumática em que as perdas vão do âmbito material ao simbólico para transformá-la em narrativa? Como tornar esse luto, cujo trabalho de superação ainda é necessário, em relato transmissível? A estrutura autobiográfica foi a opção feita por muitos dos sobreviventes de estados de exceção como o holocausto ou as ditaduras, porém, nesses textos, a ideia de constituição de um eu que se subjetiva através da fala é extrapolada. Nessas narrativas, o sujeito que se apresenta, diz eu e reivindica uma voz, o faz exatamente porque a estrutura fragmentária e descentralizada do texto autobiográfico é a única possível para expressar relatos pautados na memória.Por isso é que narrativas como "Paisagens da memória - autobiografia de uma sobrevivente do holocausto", de Ruth Klüger parte da negação do aparente esquecimento ocidental e de sua fáustica pretensão de progresso para questionar a história dos vencedores e dar voz à experiência dos oprimidos. Para tanto, a autora conta sua experiência de criança em Viena antes da guerra e depois, nos campos de concentração, extermínio e trabalho, respectivamente, Theresienstadt, Auschwitz-Birkenau e Christianstadt. Das lacunas e vazios da memória individual, Klüger resgata as lembranças de menina para analisar a realidade da guerra. Para isso ela assume o compromisso ético de reconhecer que o olhar lançado para a história não se isenta de suas vivências posteriores de mulher, adulta, mãe, professora universitária, austríaca naturalizada americana. No espelho da memória refletem-se as vivências passadas e as máscaras do presente e a perspectiva escolhida para elaborar tudo isso é da traição.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>