ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:720-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">720-1</td><td><b>A metáfora e o estranhamento</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Jucimara Tarricone </u> (USP - Universidade de São Paulo) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Uma das contribuições possíveis ao debate acerca do estranhamento é o revisitar das reflexões teóricas de Paul Ricoeur sobre a leitura e a compreensão de um texto. Na hermenêutica desse pensador francês, o tema da distanciação merece uma nota à parte. Tal atividade crítica permite o embate dialético entre a proximidade e a distância no interior da interpretação. Neste processo de leitura, a oferta do mundo exposta pelo texto é apropriada pelo leitor para fazer, daquilo que lhe é estranho, o seu próprio mundo. É por meio da distanciação, porém, que este reconfigura suas convicções e lança-se às variações imaginativas propostas pela poesia e pela ficção. Compreender um texto, portanto, é postar-se perante o mundo da obra para entendê-lo e, por extensão, entender a si mesmo. A leitura é assim, para Ricoeur, <i>pharmacon</i>,  remédio  , por meio do qual o leitor busca a significação ao tentar superar o estranhamento do texto em uma nova proximidade; proximidade esta que elimina, mas ao mesmo tempo resguarda, a  distância cultural  e tenta incorporar a alteridade textual na ipseidade ontológica do leitor. Esse ponto de encontro entre o mundo do texto e o do leitor pode se iniciar por meio da metáfora, criadora de uma nova referencialidade. Discutir a referência e o metafórico aí inscrito como desencadeador de uma ação interpretativa é um dos objetivos propostos em meus comentários, bem como ressaltar como a prática da crítica literária procede em relação a essa dinâmica de leitura.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>