ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:725-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">725-1</td><td><b>JOSÉ RÉGIO, CONTINUADOR DE MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO?: O DUPLO EM  MÁRIO OU EU PRÓPRIO-O OUTRO </b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Fernando de Moraes Gebra </u> (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A presente comunicação centra-se no estudo do duplo na peça de teatro  Mário ou Eu próprio-o Outro , de José Régio (1901-1969), figura central da Revista Presença, periódico que divulgou as obras dos autores ligados à Revista Orpheu. A peça em análise faz uma releitura da vida e da obra de Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) e, apesar de apresentar outros discursos ausentes na obra do poeta de Orpheu, destaca o confronto do sujeito com seu duplo, o desejo de perfeição e a temática do suicídio, aspectos tão caros à obra desse autor, como se percebe no conto  Eu próprio o Outro . O conto e a peça são dois momentos do mesmo drama da existência problemática do sujeito: no primeiro texto, ocorre o encontro com o duplo, e a narrativa termina em suspenso com o desejo de aniquilamento desse estranho/familiar; já no segundo, há o embate dialógico entre o indivíduo e seu duplo, terminando por inverter a estrutura do conto, pois na peça é o duplo a instância que prepara o suicídio poético do indivíduo. A literatura dentro da literatura: vida e arte se cruzam nos jogos de espelhos empreendidos pelo autor presencista. O objetivo desta comunicação é o de verificar os mecanismos de construção da identidade, relacionados ao desdobramento de personalidade presente na peça de José Régio, em comparação e contraste com o conto de Sá-Carneiro. A teoria do duplo, proposta por Sigmund Freud, Otto Rank e Clément Rosset, permite observar como os desdobramentos de personalidade, de espaço e de tempo operam na construção identitária do sujeito na sua relação com o sistema social em que está inserido. Na peça de Régio, é visível como a personagem principal está em constante embate com seu duplo, já que este censura a todo o momento o narcisismo de Mário. O fato de a personagem se esquivar do seu duplo representa a não aceitação de si mesma, explicação de tanta angústia na descoberta do eu profundo, a ponto de Mário se aniquilar por meio do suicídio. É essa perspectiva psicanalítica e filosófica que será apresentada, tendo em vista as relações intertextuais estabelecidas com a obra de Sá-Carneiro.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>