ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:729-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">729-1</td><td><b>JOSÉ DE ALENCAR E A CONCEPÇÃO DO PAPEL DA LITERATURA NA SOCIEDADE BRASILEIRA</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>José Dino Costa Cavalcante </u> (UFMA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>José de Alencar sempre refletiu  seja no início de sua trajetória como romancista ou nos anos finais de sua vida (anos de 1870)  o papel do escritor na sociedade brasileira. Quando da publicação de A confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães, o autor de Iracema lançou uma série de artigos no jornal Diário do Rio de Janeiro em que expunha suas ideias sobre o valor da obra e sobre o papel do ficcionista. Na década seguinte, já com a publicação de vários romances, como O guarani, A viuvinha, entre outros, e com a representação de várias obras teatrais, passa a discutir, na imprensa, os objetivos da arte literária. Discute, por exemplo, com o crítico português Pinheiro Chagas, afirmando que a língua deve ser entendida como "a nacionalidade do pensamento" assim como a pátria deve ser vista como a nacionalidade do povo. Estava claro para o autor cearense, já nessa época, que o escritor nacional deveria criar condições para que a língua usada nos textos literários pudesse abarcar a então crescente sociedade brasileira  o que será amplamente debatido nos textos dos modernistas de São Paulo. Em 1875, em polêmica com Joaquim Nabuco, Alencar, em longos e freqüentes artigos, no jornal O Globo, volta a refletir sobre o papel do escritor nacional, afirmando que as condições encontradas por sua geração determinaram um diálogo com a literatura francesa, uma vez que a pátria de Alexandre Dumas Filho apresentava-se mais desenvolvida no aspecto cultural. Para ele, o grande legado seu era ter sido um dos primeiros obreiros da "futura literatura nacional". Esta comunicação pretende discutir o papel que o romancista José de Alencar teve na formação da literatura brasileira: suas relações com a imprensa, o debate com outros grupos de autores, a proposta de abarcar um cenário amplo do Brasil, com o chamado romance regionalista, o resgate da história, o papel do índio da constituição da sociedade brasileira, a presença do negro, como no drama Mãe; enfim, de que maneira o romancista pensa a literatura nacional, inclusive dentro do chamado processo de intercâmbio internacional, já que muitas obras publicadas no Rio de Janeiro, então Corte do império brasileiro, alcançavam um significativo (pelo menos para a época) número de leitores em outros países, como Portugal, por exemplo. Para tanto, as ideias de Antonio Candido servirão para entender o cenário sócio-histórico da época e o legado do autor de Lucíola, dito de outro modo: contribuirão para entendimento da confluência sociedade e literatura. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>