ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:740-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">740-1</td><td><b>"Iracema", de José de Alencar: uma heroida romântica.</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Maria Celeste Consolin Dezotti </u> (FCL-UNESP - Faculdade de Ciências e Letras-Unesp) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Manuais de literatura ensinam que o Romantismo, centrado no eu romântico e em seus conflitos e aspirações libertárias, rompe com os códigos clássicos que integravam a poética do Arcadismo. Segundo Alfredo Bosi (História concisa da Literatura Brasileira, 1975, p.105)  caiu primeiro a mitologia grega . Em Iracema, Alencar constrói a  lenda do Ceará , que narra a união da índia Iracema com Martim, o colonizador português que a fascina, e da união deles nasce Moacir, fruto da primeira miscigenação de povos em terras brasileiras. Se a matéria-prima que Alencar ficcionalizou tem o seu componente histórico, pois figuras como Martim e o índio Camarão estão registradas nos anais da história, a heroína é inteiramente obra de ficção recheada de mensagens. Afinal, o nome Iracema adquire estatuto simbólico quando lido em forma anagramática, América, o novo mundo, a terra brasileira conquistada pelo estrangeiro que dela se apossa, usa e abandona. Mas Alencar não conseguiu, nessa empreitada, desvencilhar-se da tradição clássica preterida pelas normas do Romantismo. Iracema é heroína grega e, mais especificamente, uma heroida ovidiana. Essa dívida com a tradição grego-latina o próprio autor a reconhece em carta-posfácio, quando confessa ter composto  uma heroida que tem por assunto as tradições dos indígenas brasileiros e seus costumes (Alencar, Iracema, 1978, p. 88, grifo meu). Em vista de tais laços intertextuais, como pensar os limites do romantismo? Romper com os códigos clássicos: com quais deles?</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>